Tira dúvidas: É possível reduzir com o exercício os efeitos que o HIV e o tratamento com antirretrovirais produzem na aparência física do portador do vírus?

Sim. O exercício físico, atualmente, é considerado e indicado na maioria
das vezes como uma terapia auxiliar no tratamento do HIV/AIDS; isto é, o
exercício feito regularmente, de forma adequada, auxilia no tratamento
médico, na melhora da condição física e psicológica do soropositivo,
assim como as demais terapias e acompanhamentos profissionais
existentes: nutricional, psicológico etc. Pesquisas e dados científicos
vêm comprovando que a prática de uma atividade ou exercício físico
habitual é benéfica para o portador em diversas situações. Sendo a
preocupação com a estética ou aparência física algo notório e presente
em nossa sociedade, para o indivíduo portador do HIV há uma preocupação
a mais com o aparecimento de algumas modificações no corpo causadas
tanto pela manifestação do vírus quanto pela terapia com
antirretrovirais. Dentre as possíveis alterações físicas estão: aumento
de gordura localizada na região central do corpo (lipodistrofia); perda
de tecido adiposo em braços, pernas e face (lipoatrofia periférica);
diminuição da massa muscular nessas regiões; perda de massa corporal
total, entre outras. O exercício físico pode amenizar alguns efeitos,
como a perda de peso corporal involuntária com o aumento de massa
muscular quando se realizam com frequência exercícios resistidos ou com
pesos. Pode auxiliar na redução da lipodistrofia, utilizando gordura
corporal como fonte de energia nos exercícios aeróbios. Uma alimentação
adequada e um programa de exercícios físicos, ambos prescritos por
profissionais, podem contribuir para atingir esses objetivos. Cuidar de
si próprio é algo que contribui para promover a saúde e o bem-estar,
podendo modificar e melhorar a forma da sua visão em relação a si mesmo.