sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Reportagem com o Infectologista Ricardo Vasconcelos

Conversamos com o infectologista Ricardo Vasconcelos sobre desejo, necessidade e vontade na hora de prevenir o HIV. Por Alciana Paulino, Gui Mohallem e Marcos Visnadi

A poucas ruas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, em um dia garoento de novembro, fomos recebidos por Ricardo Vasconcelos e Chico, seu pequenino, frenético e apaixonante cãozinho. Sem formalidades ou protocolos começamos a conhecer melhor o universo da prevenção através da profilaxia pré-exposição (PrEP). Como é que é? “Pró” o quê? “Expor” o quê? Bem, PrEP é uma alternativa para nos protegermos do HIV antes de nos expormos a ele, tomando um medicamento.


Pois é, hoje já podemos nos prevenir antes mesmo de marcar aquele encontro bafo com a figura do aplicativo ou aquela entrada inesperada no dark room, quando a única coisa em que você está pensando é virar o boneco da Michelin. O uso do antirretroviral Truvada em pacientes não infectados, já aprovado nos Estados Unidos e recomendado pela Organização Mundial da Saúde para populações de alta vulnerabilidade, está em fase de testes aqui no Brasil. Com um comprimido por dia, todos os dias, já se sabe que o medicamento reduz significativamente (em até 99%!) as chances de contaminação pelo HIV. A pesquisa agora é para entender como é a adesão ao tratamento dentro da nossa cultura e, a partir disso, avaliar como a estratégia deve ser incorporada às políticas públicas de prevenção. Já imaginou?

Ricardo Vasconcelos é o coordenador do projeto no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa é realizada em mais dois centros: na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e no Centro de Referência e Treinamento DST/aids de São Paulo. Numa conversa franca, conhecemos o projeto PrEP Brasil, uma estratégia de prevenção que leva em consideração o desejo humano, pois, na hora de prevenir, o tesão importa! E como importa!

É uma mudança de paradigma imaginar sexo seguro sem camisinha, mas o celibato, a monogamia e o preservativo não são mais as únicas formas de nos protegermos. Oba, queremos gozar!

Ricardo foi tão acessível que ficamos à vontade para fazer as perguntas mais cabeludas, de doação de sangue a sexo oral (sucesso!). Rememoramos a importância dos movimentos sociais para a construção de políticas públicas e descobrimos as informações necessárias para quem quer colaborar com a pesquisa aqui no Brasil. Estão precisando de pessoas animadas! Seria você uma delas? Veja o que o doutor Ricardo tem a dizer.
Fonte: Revista Geni

Leia a reportagem na integra no site da Geni no link: clique aqui 

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