Segundo reportagem publicada no Jornal O Estado de São Paulo, uma em cada dez mulheres portadoras do vírus HIV é prostituta, embora seja apenas uma estimativa, os números demonstram razões para se preocupar.
sábado, 31 de janeiro de 2015
O que é Carga Viral
Quando o assunto CV é abordado, diz-se da quantidade de vírus no sangue de um paciente. Conhecer a carga viral ajuda o médico a monitorar a doença, decidir quando iniciar o tratamento, e determinar se os medicamentos irão ou não fazer efeito quando forem necessários, se forem necessários. Ao lado da contagem de CD4 é um importante demarcador da evolução clínica da infecção por HIV em pacientes soropositivosd.
A quantificação da CV é muito comum em pacientes com HIV, e geralmente há uma relação entre a CV e o número de células CD4. Se a carga viral é alta, a contagem de CD4 vai ser baixa, tornando a pessoa mais vulnerável a infecções oportunistas. Os medicamentos anti-retrovirais auxiliam no controle da doença, e dificulta o vírus HIV de se reproduzir, diminuindo a CV e protegendo o sistema imunológico.
Não há valores existentes para uma CV normal em seres humanos, porque pessoas não infectadas com HIV não têm CV, diferentemente de outros exames laboratoriais (incluindo contagem de CD4). Os testes de carga viral medem o número de partículas de vírus por mililitro de sangue, chamadas de cópias.
No tratamento do HIV, o objetivo é diminuir a carga viral para níveis indetectáveis. Em geral, a carga viral é declarada indetectável se estiver sob 40-75 cópias em uma amostra de sangue (o número exato depende da realização do teste de laboratório).
As mudanças da carga viral ao longo do tempo são frequentes. Normalmente, depois de ter sido infectado com o HIV, a carga viral será extremamente alta, com milhões de cópias em uma amostra de sangue. Mas após a resposta do sistema imunológico, a carga viral volta a um valor mais baixa. Geralmente, a carga viral continua a permanecer em níveis baixos no início da doença pelo HIV, uma vez que o período de infecção inicial já passou. A quantidade de vírus não aumenta com o tempo, porém o HIV destrói as células CD4, causando grandes danos ao sistema imunológico. Neste ponto, o tratamento torna-se necessário para evitar as infecções oportunistas.
Pessão da doença.
Na maioria dos casos o teste de carga viral para HIV é pedido na sua primeira consulta após o diagnóstico, a fim de se estabelecer um nível de base. Depois disso, os testes de carga viral são realizados a cada 3-6 meses no caso de novas medicações, e 2-8 semanas após o início ou mudança de terapia.
Basicamente, a importância do teste é a verificação do aumento ou diminuição da carga viral com o tempo. A contagem de CD4 será o principal fator para a decisão se haverá ou não a necessidade de início do tratamento para o HIV.
Os resultados iniciais em pacientes não tratados podem chegar a 1 milhão de cópias por mililitro ou mais. Durante o tratamento, uma carga viral alta oscila entre 5.000 e 10.000 cópias. Dependendo do método usado, uma carga viral baixa, entre 40 a 500 cópias, que indica progresso lento da doença.
Ao contrário do que muitos podem pensar, um resultado indetectável não significa que a pessoa está curada, e sim que o HIV não está presente no sangue colhido ou está presente em quantidade abaixo do nível mínimo de detecção do método.
Fonte BioMedicina Brasil
A quantificação da CV é muito comum em pacientes com HIV, e geralmente há uma relação entre a CV e o número de células CD4. Se a carga viral é alta, a contagem de CD4 vai ser baixa, tornando a pessoa mais vulnerável a infecções oportunistas. Os medicamentos anti-retrovirais auxiliam no controle da doença, e dificulta o vírus HIV de se reproduzir, diminuindo a CV e protegendo o sistema imunológico.
Não há valores existentes para uma CV normal em seres humanos, porque pessoas não infectadas com HIV não têm CV, diferentemente de outros exames laboratoriais (incluindo contagem de CD4). Os testes de carga viral medem o número de partículas de vírus por mililitro de sangue, chamadas de cópias.
No tratamento do HIV, o objetivo é diminuir a carga viral para níveis indetectáveis. Em geral, a carga viral é declarada indetectável se estiver sob 40-75 cópias em uma amostra de sangue (o número exato depende da realização do teste de laboratório).
As mudanças da carga viral ao longo do tempo são frequentes. Normalmente, depois de ter sido infectado com o HIV, a carga viral será extremamente alta, com milhões de cópias em uma amostra de sangue. Mas após a resposta do sistema imunológico, a carga viral volta a um valor mais baixa. Geralmente, a carga viral continua a permanecer em níveis baixos no início da doença pelo HIV, uma vez que o período de infecção inicial já passou. A quantidade de vírus não aumenta com o tempo, porém o HIV destrói as células CD4, causando grandes danos ao sistema imunológico. Neste ponto, o tratamento torna-se necessário para evitar as infecções oportunistas.
Pessão da doença.
Na maioria dos casos o teste de carga viral para HIV é pedido na sua primeira consulta após o diagnóstico, a fim de se estabelecer um nível de base. Depois disso, os testes de carga viral são realizados a cada 3-6 meses no caso de novas medicações, e 2-8 semanas após o início ou mudança de terapia.
Basicamente, a importância do teste é a verificação do aumento ou diminuição da carga viral com o tempo. A contagem de CD4 será o principal fator para a decisão se haverá ou não a necessidade de início do tratamento para o HIV.
Os resultados iniciais em pacientes não tratados podem chegar a 1 milhão de cópias por mililitro ou mais. Durante o tratamento, uma carga viral alta oscila entre 5.000 e 10.000 cópias. Dependendo do método usado, uma carga viral baixa, entre 40 a 500 cópias, que indica progresso lento da doença.
Ao contrário do que muitos podem pensar, um resultado indetectável não significa que a pessoa está curada, e sim que o HIV não está presente no sangue colhido ou está presente em quantidade abaixo do nível mínimo de detecção do método.
Fonte BioMedicina Brasil
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Pacientes com Hepatite C terão novo medicamento pelo SUS
O hepatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Edison Parise, adiantou à Agência Brasil que o Sofosbuvir, o Daclatasvir e o Simeprevir estão em processo de análise para homologação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A homologação deve ocorrer até o fim do ano, para que os medicamentos sejam usados pelos pacientes nos primeiros meses de 2015, em períodos de 12 semanas.
O custo dos remédios é elevado e nos Estados Unidos chega a atingir US$ 120 mil para 12 semanas de tratamento. É por isso que o Ministério da Saúde está em entendimento com laboratórios para fazer a compra em valores mais baixos, a fim de que sejam oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). O chefe do Ambulatório de Hepatites do Hospital de Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e membro do Comitê Assessor do Programa de Hepatites do Ministério da Saúde, Raymundo Paraná, disse que sem essa negociação seria inviável ao SUS garantir a oferta dos produtos. "O SUS não suportaria, de uma hora para outra, que remédios que têm custo de US$ 120 mil nos Estados Unidos fossem universalmente disponibilizados em país como o nosso, que tem limitação orçamentária", explicou.
Os medicamentos já foram aplicados nos Estados Unidos e na Europa e segundo Edison Parise, neste mês, em um congresso de especialistas em Boston, houve demonstração dos resultados em mais de mil pacientes, que comprovam a eficácia do tratamento. "Esses medicamentos começaram a ser usados há mais ou menos um ano nos Estados Unidos e agora, no Congresso, foram mostrados dados sobre o uso deles. Enquanto os estudos iniciais incluíam poucos pacientes, os dados agora trazem um número muito grande de pessoas tratadas e confirmam os mesmos índices de cura, em torno de 80% a 90%, dos pacientes, com qualidade de tratamento melhor e menos sofrimento", acrescentou.
Os pacientes transplantados ou que estão aguardando a cirurgia também podem ser beneficiados, porque com os novos medicamentos, o tratamento pode seguir. "Tratada, a doença hepática pode regredir ou eles podem ir ao transplante em condição muito melhor", destacou Paraná.
O tratamento da hepatite C no Brasil durava 48 semanas, com inúmeros efeitos colaterais e taxa de resposta em torno de 50%. Com a evolução dos remédios, esse número avançou nos últimos anos e a taxa atingiu 70%, mas ainda apresentava efeitos colaterais, que afastavam os pacientes do tratamento. O infectologista responsável pelo Ambulatório de HIV e Hepatites Virais da Disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Abrão Ferreira, informou que agora, com os produtos que serão ministrados, será possível evitar o uso da proteína sintética interferon. Para ele, isso representa uma revolução no tratamento da doença no país. "É uma revolução porque agora a gente não precisa mais de interferon e não haverá efeitos colaterais", disse.
Os médicos avaliam que o tempo mais curto de tratamento vai aumentar o número de atendimentos. "Nos Estados Unidos, está sendo tratado em uma semana o que se tratava em meses com o procedimento anterior. Com isso, o Brasil pode quadruplicar a capacidade de tratamento, simplesmente pelo tempo mais curto e pelo número menor de efeitos colaterais" disse Parise.
No Brasil, a hepatite C atinge 2 milhões de pessoas e no mundo chega a 170 milhões, mas se o tratamento for aplicado na integridade, o paciente pode conseguir a cura. "É uma doença curável. Tratou, eliminou o vírus, ela não volta mais", completou Paraná.
Fonte: A tribuna de Santos/SP
O custo dos remédios é elevado e nos Estados Unidos chega a atingir US$ 120 mil para 12 semanas de tratamento. É por isso que o Ministério da Saúde está em entendimento com laboratórios para fazer a compra em valores mais baixos, a fim de que sejam oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). O chefe do Ambulatório de Hepatites do Hospital de Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e membro do Comitê Assessor do Programa de Hepatites do Ministério da Saúde, Raymundo Paraná, disse que sem essa negociação seria inviável ao SUS garantir a oferta dos produtos. "O SUS não suportaria, de uma hora para outra, que remédios que têm custo de US$ 120 mil nos Estados Unidos fossem universalmente disponibilizados em país como o nosso, que tem limitação orçamentária", explicou.
Os medicamentos já foram aplicados nos Estados Unidos e na Europa e segundo Edison Parise, neste mês, em um congresso de especialistas em Boston, houve demonstração dos resultados em mais de mil pacientes, que comprovam a eficácia do tratamento. "Esses medicamentos começaram a ser usados há mais ou menos um ano nos Estados Unidos e agora, no Congresso, foram mostrados dados sobre o uso deles. Enquanto os estudos iniciais incluíam poucos pacientes, os dados agora trazem um número muito grande de pessoas tratadas e confirmam os mesmos índices de cura, em torno de 80% a 90%, dos pacientes, com qualidade de tratamento melhor e menos sofrimento", acrescentou.
Os pacientes transplantados ou que estão aguardando a cirurgia também podem ser beneficiados, porque com os novos medicamentos, o tratamento pode seguir. "Tratada, a doença hepática pode regredir ou eles podem ir ao transplante em condição muito melhor", destacou Paraná.
O tratamento da hepatite C no Brasil durava 48 semanas, com inúmeros efeitos colaterais e taxa de resposta em torno de 50%. Com a evolução dos remédios, esse número avançou nos últimos anos e a taxa atingiu 70%, mas ainda apresentava efeitos colaterais, que afastavam os pacientes do tratamento. O infectologista responsável pelo Ambulatório de HIV e Hepatites Virais da Disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Abrão Ferreira, informou que agora, com os produtos que serão ministrados, será possível evitar o uso da proteína sintética interferon. Para ele, isso representa uma revolução no tratamento da doença no país. "É uma revolução porque agora a gente não precisa mais de interferon e não haverá efeitos colaterais", disse.
Os médicos avaliam que o tempo mais curto de tratamento vai aumentar o número de atendimentos. "Nos Estados Unidos, está sendo tratado em uma semana o que se tratava em meses com o procedimento anterior. Com isso, o Brasil pode quadruplicar a capacidade de tratamento, simplesmente pelo tempo mais curto e pelo número menor de efeitos colaterais" disse Parise.
No Brasil, a hepatite C atinge 2 milhões de pessoas e no mundo chega a 170 milhões, mas se o tratamento for aplicado na integridade, o paciente pode conseguir a cura. "É uma doença curável. Tratou, eliminou o vírus, ela não volta mais", completou Paraná.
Fonte: A tribuna de Santos/SP
Diferença entre HIV e AIDS
Bom vamos explicar qual é a diferença entre HIV e AIDS.
Existem vários sites que podemos encontrar essa informação de forma correta ou incorreta, séria ou desatualizadas.
Porém vamos traduzir de uma forma de fácil entendimento e resumir o assunto.
HIV: é o vírus que causa a AIDS, a sigla significa Human Immunodeficiency Vírus, traduzindo Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH/HIV)
AIDS: É a doença causada pelo HIV. A sigla significa Acquired Immune Deficiency Syndrome, traduzindo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS)
HIV e AIDS: Quando uma pessoa é comprovadamente contaminada pelo HIV, o vírus se multiplica e ataca o seu sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo semelhante, porém cada um reage de forma distinta e/ou diferente , o que significa que, muitas pessoas podem viver anos sendo portadoras do vírus sem apresentar nenhuma doença oportunista relacionada ou definidora da AIDS, ou seja, não desenvolveram a AIDS, mas podem transmitir o vírus.
A AIDS se manifesta após algum tempo da contaminação pelo HIV (esse tempo depende da reação de cada organismo), quando a resistência do organismo começa a ser vencida/debilitada pelo vírus.
Nesse momento começam a aparecer sinais e sintomas que indicam a presença das chamadas doenças oportunistas, por exemplo:
tuberculose, pneumonia, herpes, minigite. Claro que não são nessa ordem e muito menos todas ao mesmo tempo.
É nessa fase que podemos dizer que a pessoa tem AIDS, pois as doenças definidoras estão presentes. Essas doenças são chamadas de oportunistas porque se aproveitam da destruição das nossas defesas do organismo, causadas pelo HIV, para se instalarem.
Vale lembrar que também existem outros fatores como a alimentação, vícios, excessos, emocional, etc.
Independente da pessoa ser portadora do HIV ou já ter manifestado a AIDS, existe o tratamento eficaz que é proporcionado pelo ARV'S - antirretrovirais.
Existem vários sites que podemos encontrar essa informação de forma correta ou incorreta, séria ou desatualizadas.
Porém vamos traduzir de uma forma de fácil entendimento e resumir o assunto.
HIV: é o vírus que causa a AIDS, a sigla significa Human Immunodeficiency Vírus, traduzindo Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH/HIV)
AIDS: É a doença causada pelo HIV. A sigla significa Acquired Immune Deficiency Syndrome, traduzindo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS)
HIV e AIDS: Quando uma pessoa é comprovadamente contaminada pelo HIV, o vírus se multiplica e ataca o seu sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo semelhante, porém cada um reage de forma distinta e/ou diferente , o que significa que, muitas pessoas podem viver anos sendo portadoras do vírus sem apresentar nenhuma doença oportunista relacionada ou definidora da AIDS, ou seja, não desenvolveram a AIDS, mas podem transmitir o vírus.
A AIDS se manifesta após algum tempo da contaminação pelo HIV (esse tempo depende da reação de cada organismo), quando a resistência do organismo começa a ser vencida/debilitada pelo vírus.
Nesse momento começam a aparecer sinais e sintomas que indicam a presença das chamadas doenças oportunistas, por exemplo:
tuberculose, pneumonia, herpes, minigite. Claro que não são nessa ordem e muito menos todas ao mesmo tempo.
É nessa fase que podemos dizer que a pessoa tem AIDS, pois as doenças definidoras estão presentes. Essas doenças são chamadas de oportunistas porque se aproveitam da destruição das nossas defesas do organismo, causadas pelo HIV, para se instalarem.
Vale lembrar que também existem outros fatores como a alimentação, vícios, excessos, emocional, etc.
Independente da pessoa ser portadora do HIV ou já ter manifestado a AIDS, existe o tratamento eficaz que é proporcionado pelo ARV'S - antirretrovirais.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Pesquisa para avaliar como prevenção os antirretrovirais chega ao Rio de Janeiro
Estudo explora a eficácia do tratamento como prevenção em relacionamentos gay masculino sorodescordante
Nova Iorque, 22 de janeiro de 2015 – quando um parceiro sexual está vivendo com o HIV e o outro não é (uma relação de serodiscordant), até que ponto a terapia antiretroviral (arte) tomada pelo parceiro infectado, reduzir o risco de transmitir o vírus para aquele não infectado? Isso é o que os pesquisadores do Instituto de Pesquisa clínica Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Brasil, pretendem descobrir como parte dos opostos atraem estudar, um estudo internacional em curso que explora a eficácia do tratamento como prevenção em relacionamentos gay masculino serodiscordant.
Instituto de Pesquisa clínica Evandro Chagas (IPEC) é um dos 16 centros clínicos participantes nos opostos se atraem estudo, que começou em 2012 e está sendo conduzido pelo Dr. Andrew Grulich, professor e chefe do programa de prevenção do Instituto Kirby de infecção e imunidade em sociedade com a Universidade de New South Wales e epidemiologia do HIV. O estudo tem 14 sites na Austrália, e recentemente expandiu recrutar gay masculino serodiscordant casais em baixa - a média renda países, adicionando sites na Tailândia e Brasil.
amfAR, The Foundation for AIDS Research, é a concessão de financiamento para o estudo no Brasil, o maior site de estudo único na rede os opostos se atraem. Isso vai ser conduzido pelo Dr. Beatriz Grinsztejn, diretor do laboratório de pesquisa clínica DST/AIDS no IPEC, quem irá monitorar até 70 casais gay masculino serodiscordant no Brasil e examinar a transmissão do HIV para descobrir se a incidência do HIV é associada com o parceiro HIV-positivo seja em terapia antiretroviral, cargas virais e tratamento do HIV.
"A epidemia de AIDS no Brasil é desproporcionalmente concentrada entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, e reduzir a disseminação e o impacto do HIV entre esta população chave exigirá que implementar intervenções de HIV que são verdadeiramente eficazes," disse amfAR CEO Kevin Robert Frost.
Forte evidência científica existe sobre os benefícios do tratamento como prevenção para serodiscordant casais heterossexuais. Um ensaio clínico de Marco, conhecido como HPTN 052 mostrou que pessoas relativamente saudáveis vivendo com HIV que receberam tratamento precoce com arte foram 96 por cento menos propensos a transmitir o vírus aos seus parceiros não infectados.
"Enquanto estudos já existem em casais heterossexuais serodiscordant, a importância da investigação em casais gay serodiscordant é agora emergentes", disse Dr. Beatriz Grinsztejn."Com o apoio do amfAR, o estudo dos opostos se atraem nos ajudará medir o impacto do tratamento do HIV e responder perguntas críticas sobre a prevenção da transmissão do HIV entre esta população em situação de risco."
Enquanto taxas de infecção de HIV começaram a diminuir em muitos países, casos têm sido lentamente a aumentar no Brasil, com o salto mais nítido entre o GMT e jovens com idades entre 15 e 24. De acordo com o UNAIDS, há cerca de 730.000 pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil, incluindo 44.000 que recentemente foram infectados no ano passado.
amfAR apoiou várias organizações comunitárias no Brasil dedicado a contenção da epidemia de HIV entre populações em situação de risco, incluindo baseada no Rio de Janeiro Pela Vidda, Sociedade Viva Cazuza e o Grupo de Trabalho em Prevenção Posithivo (GTP +) e Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (AMOTRANS) em Recife. Estas organizações têm usado amfAR financiamento para uma ampla gama de projetos, tais como promover intervenções que maximize os benefícios de medicamentos para o HIV e teste de HIV, bem como fornecer tratamento, habitação e outras formas de assistência às pessoas com HIV/AIDS.
Sobre amfAR
amfAR, The Foundation for AIDS Research, é um dos principais organizações sem fins lucrativos do mundo dedicadas ao suporte de pesquisa AIDS, prevenção HIV, educação de tratamento e a defesa de uma política sólida de público relacionadas com a SIDA. Desde 1985, amfAR investiu perto de US $ 400 milhões em seus programas e concedeu mais de 3.300 subsídios para pesquisa equipes em todo o mundo.
Nova Iorque, 22 de janeiro de 2015 – quando um parceiro sexual está vivendo com o HIV e o outro não é (uma relação de serodiscordant), até que ponto a terapia antiretroviral (arte) tomada pelo parceiro infectado, reduzir o risco de transmitir o vírus para aquele não infectado? Isso é o que os pesquisadores do Instituto de Pesquisa clínica Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Brasil, pretendem descobrir como parte dos opostos atraem estudar, um estudo internacional em curso que explora a eficácia do tratamento como prevenção em relacionamentos gay masculino serodiscordant.
Instituto de Pesquisa clínica Evandro Chagas (IPEC) é um dos 16 centros clínicos participantes nos opostos se atraem estudo, que começou em 2012 e está sendo conduzido pelo Dr. Andrew Grulich, professor e chefe do programa de prevenção do Instituto Kirby de infecção e imunidade em sociedade com a Universidade de New South Wales e epidemiologia do HIV. O estudo tem 14 sites na Austrália, e recentemente expandiu recrutar gay masculino serodiscordant casais em baixa - a média renda países, adicionando sites na Tailândia e Brasil.
amfAR, The Foundation for AIDS Research, é a concessão de financiamento para o estudo no Brasil, o maior site de estudo único na rede os opostos se atraem. Isso vai ser conduzido pelo Dr. Beatriz Grinsztejn, diretor do laboratório de pesquisa clínica DST/AIDS no IPEC, quem irá monitorar até 70 casais gay masculino serodiscordant no Brasil e examinar a transmissão do HIV para descobrir se a incidência do HIV é associada com o parceiro HIV-positivo seja em terapia antiretroviral, cargas virais e tratamento do HIV.
"A epidemia de AIDS no Brasil é desproporcionalmente concentrada entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, e reduzir a disseminação e o impacto do HIV entre esta população chave exigirá que implementar intervenções de HIV que são verdadeiramente eficazes," disse amfAR CEO Kevin Robert Frost.
Forte evidência científica existe sobre os benefícios do tratamento como prevenção para serodiscordant casais heterossexuais. Um ensaio clínico de Marco, conhecido como HPTN 052 mostrou que pessoas relativamente saudáveis vivendo com HIV que receberam tratamento precoce com arte foram 96 por cento menos propensos a transmitir o vírus aos seus parceiros não infectados.
"Enquanto estudos já existem em casais heterossexuais serodiscordant, a importância da investigação em casais gay serodiscordant é agora emergentes", disse Dr. Beatriz Grinsztejn."Com o apoio do amfAR, o estudo dos opostos se atraem nos ajudará medir o impacto do tratamento do HIV e responder perguntas críticas sobre a prevenção da transmissão do HIV entre esta população em situação de risco."
Enquanto taxas de infecção de HIV começaram a diminuir em muitos países, casos têm sido lentamente a aumentar no Brasil, com o salto mais nítido entre o GMT e jovens com idades entre 15 e 24. De acordo com o UNAIDS, há cerca de 730.000 pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil, incluindo 44.000 que recentemente foram infectados no ano passado.
amfAR apoiou várias organizações comunitárias no Brasil dedicado a contenção da epidemia de HIV entre populações em situação de risco, incluindo baseada no Rio de Janeiro Pela Vidda, Sociedade Viva Cazuza e o Grupo de Trabalho em Prevenção Posithivo (GTP +) e Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (AMOTRANS) em Recife. Estas organizações têm usado amfAR financiamento para uma ampla gama de projetos, tais como promover intervenções que maximize os benefícios de medicamentos para o HIV e teste de HIV, bem como fornecer tratamento, habitação e outras formas de assistência às pessoas com HIV/AIDS.
Sobre amfAR
amfAR, The Foundation for AIDS Research, é um dos principais organizações sem fins lucrativos do mundo dedicadas ao suporte de pesquisa AIDS, prevenção HIV, educação de tratamento e a defesa de uma política sólida de público relacionadas com a SIDA. Desde 1985, amfAR investiu perto de US $ 400 milhões em seus programas e concedeu mais de 3.300 subsídios para pesquisa equipes em todo o mundo.
Pela Vidda SP faz sua 19ª campanha de prevenção nas rodoviárias
Vai viajar de ônibus no Carnaval? Se a passagem estiver marcada para a sexta-feira (13), é possível que você encontre na rodoviária uma turma animada distribuindo preservativos. São participantes e voluntários do Grupo pela Vidda São Paulo. Há 19 anos, eles fazem nos terminais da capital paulistana a campanha Viaje Bem Com Camisinha. Usam a camiseta do projeto e adereços carnavalescos, bem no espírito da folia, para falar de prevenção às DST/aids com quem vai viajar no feriadão.
"Esse ano, vamos distribuir 80 mil camisinhas e não achamos que é muito, não. No ano passado, foram 60 mil e esgotaram bem rápido", conta Murilo Duarte, da coordenação do Pela Vidda. Outra novidade, para 2015, é a inclusão do Terminal Rodoviário Guarulhos na ação. Os outros terminais são Jabaquara, Barra Funda e Tietê.
O grupo também distribui material informativo, como folhetos, e responde às dúvidas das pessoas. Além de contar com seus ativistas, recruta voluntários para ajudar na ação. "Nos anos anteriores, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos mandou vários estudantes de direito. É uma ação divertida. A gente se encontra na Praça da Sé e se divide em grupos que saem cada um para um terminal!", continua Murilo. "No ano passado, 58 pessoas participaram da ação."
"Esse ano, vamos distribuir 80 mil camisinhas e não achamos que é muito, não. No ano passado, foram 60 mil e esgotaram bem rápido", conta Murilo Duarte, da coordenação do Pela Vidda. Outra novidade, para 2015, é a inclusão do Terminal Rodoviário Guarulhos na ação. Os outros terminais são Jabaquara, Barra Funda e Tietê.
O grupo também distribui material informativo, como folhetos, e responde às dúvidas das pessoas. Além de contar com seus ativistas, recruta voluntários para ajudar na ação. "Nos anos anteriores, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos mandou vários estudantes de direito. É uma ação divertida. A gente se encontra na Praça da Sé e se divide em grupos que saem cada um para um terminal!", continua Murilo. "No ano passado, 58 pessoas participaram da ação."
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Mito e Verdade: Exercicios Físicos
MITO: O portador do vírus HIV deve evitar fazer esforço e exercícios físicos?
Não existem restrições para que o portador do vírus em qualquer estágio possa realizar exercícios ou atividades físicas. Exceto se houver alguma restrição ou recomendação médica em determinados casos, podendo estes ocorrer principalmente em estágios avançados do HIV/AIDS.
VERDADE: É necessário procurar uma orientação médica antes de iniciar um programa de exercícios.
O(a) paciente deve procurar uma orientação com seu médico(a) para que este(a) faça exames e avaliações necessárias autorizando ou não a realizar um determinado programa de exercícios. Ele(a) avaliará, por exemplo, seu histórico de doenças, suas condições físicas, a taxa de CD4, a carga viral, o que lhe torna apto ou não a se exercitar e de que maneira. Atualmente, para frequentar academias, clubes e outras instituições, o atestado médico é exigido por lei para qualquer pessoa. O acompanhamento médico, aliado ao acompanhamento do profissional da Educação Física, é recomendado para obter benefícios com a prática dos exercícios.
Não existem restrições para que o portador do vírus em qualquer estágio possa realizar exercícios ou atividades físicas. Exceto se houver alguma restrição ou recomendação médica em determinados casos, podendo estes ocorrer principalmente em estágios avançados do HIV/AIDS.
VERDADE: É necessário procurar uma orientação médica antes de iniciar um programa de exercícios.
O(a) paciente deve procurar uma orientação com seu médico(a) para que este(a) faça exames e avaliações necessárias autorizando ou não a realizar um determinado programa de exercícios. Ele(a) avaliará, por exemplo, seu histórico de doenças, suas condições físicas, a taxa de CD4, a carga viral, o que lhe torna apto ou não a se exercitar e de que maneira. Atualmente, para frequentar academias, clubes e outras instituições, o atestado médico é exigido por lei para qualquer pessoa. O acompanhamento médico, aliado ao acompanhamento do profissional da Educação Física, é recomendado para obter benefícios com a prática dos exercícios.
Os efeitos da AIDS são reversíveis.
Este filme mostra Selina, uma mulher negra e pobre, também soropositiva.
Ela se permitiu filmar durante noventa dias.
Noventa dias da realidade de uma portadora de HIV pobre, negra e sem muitas pessoas por si.
O filme é contado de forma reversa e eu cheguei a encontrar pessoas que, não entendendo nada, mostravam o vídeo como uma “advertência” para os efeitos da AIDS.
Não é esta a história de Selina.
A história de Selina começa pelo nonagésimo dia e corre até o primeiro, quando ela começou a receber a terapia combinada também conhecida como coquetel…
A última mensagem do vídeo é:
Os efeitos da AIDS são reversíveis!
Ajude alguém a ter uma segunda chance.
Lidar com o HIV na adolescência
Uma entrevista com John Steever, Medico
Por Mathew Rodriguez
Do site TheBodyPRO.com
Os adolescentes encaram uma serie de desafios incomparáveis — e geralmente menos valorizados — no que diz respeito à assistência medica efetiva e tratamentos bem-sucedidos do vírus HIV. John Steever, Medico no Centro de Saúde de Adolescentes do Centro Medico Monte Sinai em Nova York está profundamente familiarizado com estes desafios: ele supervisiona os cuidados de aproximadamente 100 jovens HIV – positivo.
O Dr. Steever falou por telefone com Mathew Rodriguez, nosso Editor da Comunidade Local, sobre o trabalho dele e sobre como os cuidados com o HIV em adolescentes difere dos cuidados do HIV em adultos, e as maiores prioridades que os prestadores de serviços médicos deveriam ter em mente quando tratarem adolescentes HIV-positivos.
Você pode dizer um pouco sobre o Centro de Saúde Adolescente do Monte Sinai e qual seu papel la
O Centro de Saúde Adolescente é na verdade um dos maiores centros de saúde adolescente auto-sustentável dos Estados Unidos. Lá nós vemos todos os anos por volta de 12, 000 indivíduos únicos. Nós fazemos isto de graça para a juventude; nós não cobramos nada deles. Nós somos livres de várias concessões, assim podemos oferecer assistência medica sem nenhuma barreira para os adolescentes.
Eu sou um dos médicos lá, então eu vejo jovens de todos os tipos, de idades entre 12 a 24 ou 25 anos. Nós todos fazemos muitas assistências medicas reprodutivas; trabalhos de GIN (ginecologia), testes de DST`s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), testes de gravidez, doação de métodos de controle de natalidade. E tudo isso é feito de graça para as crianças. Então, todos os exames laboratoriais que nós fazemos são gratuitos. Todos os métodos de controle de natalidade que nós doamos são gratuitos. Nós doamos amostras. E então quando nós tratamos DST's, nós também doamos amostras. Então a juventude não encontra muitos obstáculos para conseguir cuidados médicos. Nós somos realmente super compreensivos. Nós temos uma ala de cuidados médicos. Nós temos uma ala de cuidados ginecológicos. Nós temos uma ala de saúde mental, incluindo psicólogos, assistentes sociais e psiquiatria infantil. Nós também temos educadores em saúde. Nós temos uma nutricionista na equipe. Nós temos um advogado na equipe para jovens que possam precisar de assistência jurídica. Nós temos uma clinica dentaria, e uma nova clinica de olhos que esta disponível aos jovens. E todos estes serviços são gratuitos. Nós fazemos uma combinação de agendamentos e encaixes.
O que eu faço dentro daquele grupo: eu especializo e supervisiono o cuidado medico dos adolescentes HIV – positivos. Nós temos por volta de 100 jovens em cuidados que tem HIV; alguns nasceram com o vírus (aquisição perinatal), mas a maioria deles contraiu através do ato sexual. E a maiores deles são jovens rapazes de cor que fazem sexo com outros homens – então este panorama reflete um pouco a epidemia na cidade de Nova York.
O que você diria aos médicos com menos experiência envolvidos no cuidado de jovens soropositivos? O que você acha que precisa ser visto de maneira diferente quando se fala em cuidados em jovens soropositivos em relação a pessoas mais velhas?
Fundamentalmente, as orientações gerais básicas dizem que você deve começar a tratar as pessoas assim que você as diagnostica com HIV. Este e o conceito teste-e-trate – assim você começa a tratar as pessoas com os medicamentos para o HIV imediatamente, independente da contagem CD4 delas. Assim, a contagem pode ser realmente alta ou baixa, mas você começará a tratá-las com medicamentos.
A idéia é que então a carga viral delas começa a baixar drasticamente, comece a ficar indetectável, assim há chances menores delas transmitirem a infecção a outras pessoas. E a idéia é de que se você pudesse tratar todas as pessoas assim que você as diagnosticasse, eventualmente você erradicaria as infecções porque não haveria novas infecções.
O problema com essa idéia é que ela requer um grau relativamente alto de sofisticação. E eu não sei que todos os adolescentes estão preparados para lidar com ela. Quando você dá o diagnostico de HIV-positivo a um jovem, não só você esta dando a ele noticias difíceis, que eles podem ou não estar desenvolvidos o suficiente para lidar com elas, mas eles freqüentemente também têm outras variáveis em suas vidas que podem tornar a noticia ainda mais difícil de suportar.
Por exemplo, um jovem que pertence a uma minoria, que é de cor, que é gay, esta fazendo sexo com outros homens: ele pode não estar com vontade de contar a sua família sobre isso. E a família pode não apoiar muito este fato. Então, o que você não quer que aconteça é que a família descubra que ele está tomando remédios – porque você deu a ele um frasco de comprimidos, então a família não só descobre que ele é mais um dos adolescentes HIV-positivos, como também é gay. Isto pode levar à expulsão do jovem de casa ou a um ambiente familiar hostil, quando o que nós queremos é um ambiente familiar de apoio. Então existem cenários em que não é o momento certo para que este jovem comece o tratamento com remédios para o HIV até que ele esteja realmente pronto, e que tenha pensado sobre todas as repercussões que aconteceriam se começasse a tomar os medicamentos: Você tem um lugar para ficar? Você tem um lugar para esconder seus medicamentos? Ou você se sente confortável incluindo sua família?
As principais questões que afetam o cuidado de adolescentes HIV – positivos
"
."
Eu acho que o apoio familiar, especialmente quando você é adolescente, é extremamente importante. Mas, se um jovem vai ser expulso de casa, este não é o melhor momento para começar com seus medicamentos.
Coisas como o uso sério de substâncias deveria dar aos médicos uma pausa antes de começar com os medicamentos para o HIV. Ou uma vida domestica instável – então talvez eles não morem em casa, mas estejam passando tempo com os amigos – ou morando em abrigos. E simplesmente muito mais difícil cuidar do seu HIV e se preocupar com alimentação, vestuário, moradia.
Se você começa o tratamento em alguém, você quer que essa pessoa obtenha sucesso no tratamento. Se eles não obtiverem sucesso e não suprimirem sua carga viral, então pode ser que eles criem resistência aquele medicamento. E já que são jovens, eles farão uso dos medicamentos por muito tempo. Você tem que fazer cada regime valer à pena; você não quer que o seu paciente fique brincando de "pega-pega" com seus medicamentos no começo, tornem-se resistente a eles e então fiquem trocando relativamente rápido de medicamentos.
"Já que são jovens, eles farão uso dos medicamentos contra o HIV por muito tempo. Você tem que fazer cada regime valer à pena."
Eu sinto que você precisa estar pronto, que o paciente precisa estar pronto, e que você precisa envolver o seu pessoal da ala de saúde mental – como uma assistente social ou um gerente de casos – para ajudar a explorar como esse jovem terá sucesso em tomar os medicamentos.
Como você recomenda discutir o tratamento do HIV com um adolescente diagnosticado recentemente?
Bem, eu acho que o objetivo é realmente nobre, e eu acho que definitivamente o assunto, no que diz respeito aos adolescentes deveria ser trazido à tona. Mas eu acho que você deveria acalmar o jovem e dizer, OK, aqui estão as vantagens, aqui estão as desvantagens. Aqui esta o porquê nos deveríamos começar com os medicamentos; e aqui está o porquê isso poderia vir a ser uma má idéia. Nós não vamos fazer nada hoje. Eu quero que você pense sobre isso. Eu quero que você trabalhe com sua assistente social, com seu gerente de casos, com seu pessoal da saúde mental, e que você realmente trabalhe com algumas destas coisas. Talvez os adolescentes devessem ser encorajados a treinar com multivitaminicos. Eu acho que as orientações gerais são ótimas, mas tem que haver algum reconhecimento que você não pode começar alguma coisa de maneira rígida.
Ou, se você esta encurralado sobre começar alguma coisa, talvez para os adolescentes uma das primeiras linhas deveria ser alguma coisa que envolvesse um inibidor de protease, porque a barreira genética a resistência é muito maior. Você perde a conveniência do regime de uma pílula, uma vez ao dia. Mas você ganha a vantagem de ter um medicamento que não causa mutações no vírus tão rapidamente.
'"Para adolescentes eu geralmente uso o inibidor de protease, só porque e uma boa aula para eles."
Onde os médicos podem conseguir ajuda para abordar estas áreas que estão fora de sua área de especialidade, mas que são importantes ao tratar um adolescente com HIV?
Se você tiver sorte, você terá uma assistente social no seu escritório. Eu mesmo sou extremamente sortudo de ter uma. Se você não tiver tanta sorte, se você estiver em pratica solo, se não houver uma equipe grande ao seu redor – sua enfermeira pode estar interessada e fazer um pouco deste tipo de trabalho. Mas também há algumas organizações por ai afora que fornecerão algumas estruturas de gerenciamento de casos para você. Eu tenho certeza que eles não estão em toda cidade e nem em todo município através do pais. Mas, certamente, em cidades maiores, há organizações que ajudam a fornecer estrutura. Ter elas na palma da mao e com certeza uma coisa boa.
Há alguma questão recente que você, na qualidade de fornecedor de cuidados a adolescentes soropositivos, esteja esperando animosamente?
Eu estou esperando ansiosamente para ver que tipos de medicamentos injetáveis de longa duração, ou ate mesmo implantáveis, os cientistas irão lançar. Eu gostaria de ver mais cursos colocados nesta área.
Alguém tem que lembrar em tomar uma pílula todos os dias agora, mas, por mais que você possa remover o usuário da equação – se você pudesse fazer um coquetel injetável uma vez por mês ou uma vez a cada três meses – eu acho que isso realmente melhoraria a aderência ao medicamento para o HIV. Isto realmente melhoraria a diminuição das comunidades de cargas virais e, assim, diminuiria o risco de novas transmissões a outras pessoas.
Também, para pessoas que formam um casal soro discordante, fazer a profilaxia pré-exposição também ajudaria a percorrer o longo caminho para causar uma brecha na epidemia.
A outra coisa e (e eu não sei como fazer isso), nos precisamos descobrir como atingir mais pessoas. Eu acho que qualquer barreira que possa ser removida para ampliar o numero de realização de testes de HIV deve ser feita. Por exemplo, ninguém nunca diz em um exame físico anual, "Oh, nos vamos fazer uma contagem sangüínea completa."
Deveria apenas ser, "Nos vamos fazer os testes sangüíneos de rotina que é feito no exame físico." E deveria ser parte disto, assim você pega as pessoas – você simplesmente faz muito mais testes e nós poderemos esperançosamente achar mais pessoas que tem a infecção.
Teste amplamente, teste freqüentemente, como eles dizem.
Muito obrigado por conversar comigo.
Esta transcrição foi editada para pureza do som.
Mathew Rodriguez e editor da comunidade local para TheBody.com e The BodyPro.com
Siga Mathew no Twitter:@mathewrodriguez
Nota do Editor de Soropositivo Web Site: Eu conheci uma adolescente que tinha acabado de descobrir que era soropositiva. Ela contou para a família e foi taxada de drogada, Posta às ruas, caiu na prostituição.
Prostiuindo-se, "vingou-se do mundo" e contaminou umas duzentas pessoas. Quando caiu em si teve um arrependimento terrível e lançou-se do alto da ponte Major Quedinho, ali na Bela Vista, zona boêmia de Sampa e se acabou.
Morreu aos 19 anos, no início da vida. Lidar com adolescentes HIV – positivos é extremamente complexo, por tudo o que foi dito aqui e pela alta pressão dos hormônios nestas cabeças ainda em formação
Por Mathew Rodriguez
Do site TheBodyPRO.com
Os adolescentes encaram uma serie de desafios incomparáveis — e geralmente menos valorizados — no que diz respeito à assistência medica efetiva e tratamentos bem-sucedidos do vírus HIV. John Steever, Medico no Centro de Saúde de Adolescentes do Centro Medico Monte Sinai em Nova York está profundamente familiarizado com estes desafios: ele supervisiona os cuidados de aproximadamente 100 jovens HIV – positivo.
O Dr. Steever falou por telefone com Mathew Rodriguez, nosso Editor da Comunidade Local, sobre o trabalho dele e sobre como os cuidados com o HIV em adolescentes difere dos cuidados do HIV em adultos, e as maiores prioridades que os prestadores de serviços médicos deveriam ter em mente quando tratarem adolescentes HIV-positivos.
Você pode dizer um pouco sobre o Centro de Saúde Adolescente do Monte Sinai e qual seu papel la
O Centro de Saúde Adolescente é na verdade um dos maiores centros de saúde adolescente auto-sustentável dos Estados Unidos. Lá nós vemos todos os anos por volta de 12, 000 indivíduos únicos. Nós fazemos isto de graça para a juventude; nós não cobramos nada deles. Nós somos livres de várias concessões, assim podemos oferecer assistência medica sem nenhuma barreira para os adolescentes.
Eu sou um dos médicos lá, então eu vejo jovens de todos os tipos, de idades entre 12 a 24 ou 25 anos. Nós todos fazemos muitas assistências medicas reprodutivas; trabalhos de GIN (ginecologia), testes de DST`s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), testes de gravidez, doação de métodos de controle de natalidade. E tudo isso é feito de graça para as crianças. Então, todos os exames laboratoriais que nós fazemos são gratuitos. Todos os métodos de controle de natalidade que nós doamos são gratuitos. Nós doamos amostras. E então quando nós tratamos DST's, nós também doamos amostras. Então a juventude não encontra muitos obstáculos para conseguir cuidados médicos. Nós somos realmente super compreensivos. Nós temos uma ala de cuidados médicos. Nós temos uma ala de cuidados ginecológicos. Nós temos uma ala de saúde mental, incluindo psicólogos, assistentes sociais e psiquiatria infantil. Nós também temos educadores em saúde. Nós temos uma nutricionista na equipe. Nós temos um advogado na equipe para jovens que possam precisar de assistência jurídica. Nós temos uma clinica dentaria, e uma nova clinica de olhos que esta disponível aos jovens. E todos estes serviços são gratuitos. Nós fazemos uma combinação de agendamentos e encaixes.
O que eu faço dentro daquele grupo: eu especializo e supervisiono o cuidado medico dos adolescentes HIV – positivos. Nós temos por volta de 100 jovens em cuidados que tem HIV; alguns nasceram com o vírus (aquisição perinatal), mas a maioria deles contraiu através do ato sexual. E a maiores deles são jovens rapazes de cor que fazem sexo com outros homens – então este panorama reflete um pouco a epidemia na cidade de Nova York.
O que você diria aos médicos com menos experiência envolvidos no cuidado de jovens soropositivos? O que você acha que precisa ser visto de maneira diferente quando se fala em cuidados em jovens soropositivos em relação a pessoas mais velhas?
Fundamentalmente, as orientações gerais básicas dizem que você deve começar a tratar as pessoas assim que você as diagnostica com HIV. Este e o conceito teste-e-trate – assim você começa a tratar as pessoas com os medicamentos para o HIV imediatamente, independente da contagem CD4 delas. Assim, a contagem pode ser realmente alta ou baixa, mas você começará a tratá-las com medicamentos.
A idéia é que então a carga viral delas começa a baixar drasticamente, comece a ficar indetectável, assim há chances menores delas transmitirem a infecção a outras pessoas. E a idéia é de que se você pudesse tratar todas as pessoas assim que você as diagnosticasse, eventualmente você erradicaria as infecções porque não haveria novas infecções.
O problema com essa idéia é que ela requer um grau relativamente alto de sofisticação. E eu não sei que todos os adolescentes estão preparados para lidar com ela. Quando você dá o diagnostico de HIV-positivo a um jovem, não só você esta dando a ele noticias difíceis, que eles podem ou não estar desenvolvidos o suficiente para lidar com elas, mas eles freqüentemente também têm outras variáveis em suas vidas que podem tornar a noticia ainda mais difícil de suportar.
Por exemplo, um jovem que pertence a uma minoria, que é de cor, que é gay, esta fazendo sexo com outros homens: ele pode não estar com vontade de contar a sua família sobre isso. E a família pode não apoiar muito este fato. Então, o que você não quer que aconteça é que a família descubra que ele está tomando remédios – porque você deu a ele um frasco de comprimidos, então a família não só descobre que ele é mais um dos adolescentes HIV-positivos, como também é gay. Isto pode levar à expulsão do jovem de casa ou a um ambiente familiar hostil, quando o que nós queremos é um ambiente familiar de apoio. Então existem cenários em que não é o momento certo para que este jovem comece o tratamento com remédios para o HIV até que ele esteja realmente pronto, e que tenha pensado sobre todas as repercussões que aconteceriam se começasse a tomar os medicamentos: Você tem um lugar para ficar? Você tem um lugar para esconder seus medicamentos? Ou você se sente confortável incluindo sua família?
As principais questões que afetam o cuidado de adolescentes HIV – positivos
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Eu acho que o apoio familiar, especialmente quando você é adolescente, é extremamente importante. Mas, se um jovem vai ser expulso de casa, este não é o melhor momento para começar com seus medicamentos.
Coisas como o uso sério de substâncias deveria dar aos médicos uma pausa antes de começar com os medicamentos para o HIV. Ou uma vida domestica instável – então talvez eles não morem em casa, mas estejam passando tempo com os amigos – ou morando em abrigos. E simplesmente muito mais difícil cuidar do seu HIV e se preocupar com alimentação, vestuário, moradia.
Se você começa o tratamento em alguém, você quer que essa pessoa obtenha sucesso no tratamento. Se eles não obtiverem sucesso e não suprimirem sua carga viral, então pode ser que eles criem resistência aquele medicamento. E já que são jovens, eles farão uso dos medicamentos por muito tempo. Você tem que fazer cada regime valer à pena; você não quer que o seu paciente fique brincando de "pega-pega" com seus medicamentos no começo, tornem-se resistente a eles e então fiquem trocando relativamente rápido de medicamentos.
"Já que são jovens, eles farão uso dos medicamentos contra o HIV por muito tempo. Você tem que fazer cada regime valer à pena."
Eu sinto que você precisa estar pronto, que o paciente precisa estar pronto, e que você precisa envolver o seu pessoal da ala de saúde mental – como uma assistente social ou um gerente de casos – para ajudar a explorar como esse jovem terá sucesso em tomar os medicamentos.
Como você recomenda discutir o tratamento do HIV com um adolescente diagnosticado recentemente?
Bem, eu acho que o objetivo é realmente nobre, e eu acho que definitivamente o assunto, no que diz respeito aos adolescentes deveria ser trazido à tona. Mas eu acho que você deveria acalmar o jovem e dizer, OK, aqui estão as vantagens, aqui estão as desvantagens. Aqui esta o porquê nos deveríamos começar com os medicamentos; e aqui está o porquê isso poderia vir a ser uma má idéia. Nós não vamos fazer nada hoje. Eu quero que você pense sobre isso. Eu quero que você trabalhe com sua assistente social, com seu gerente de casos, com seu pessoal da saúde mental, e que você realmente trabalhe com algumas destas coisas. Talvez os adolescentes devessem ser encorajados a treinar com multivitaminicos. Eu acho que as orientações gerais são ótimas, mas tem que haver algum reconhecimento que você não pode começar alguma coisa de maneira rígida.
Ou, se você esta encurralado sobre começar alguma coisa, talvez para os adolescentes uma das primeiras linhas deveria ser alguma coisa que envolvesse um inibidor de protease, porque a barreira genética a resistência é muito maior. Você perde a conveniência do regime de uma pílula, uma vez ao dia. Mas você ganha a vantagem de ter um medicamento que não causa mutações no vírus tão rapidamente.
'"Para adolescentes eu geralmente uso o inibidor de protease, só porque e uma boa aula para eles."
Onde os médicos podem conseguir ajuda para abordar estas áreas que estão fora de sua área de especialidade, mas que são importantes ao tratar um adolescente com HIV?
Se você tiver sorte, você terá uma assistente social no seu escritório. Eu mesmo sou extremamente sortudo de ter uma. Se você não tiver tanta sorte, se você estiver em pratica solo, se não houver uma equipe grande ao seu redor – sua enfermeira pode estar interessada e fazer um pouco deste tipo de trabalho. Mas também há algumas organizações por ai afora que fornecerão algumas estruturas de gerenciamento de casos para você. Eu tenho certeza que eles não estão em toda cidade e nem em todo município através do pais. Mas, certamente, em cidades maiores, há organizações que ajudam a fornecer estrutura. Ter elas na palma da mao e com certeza uma coisa boa.
Há alguma questão recente que você, na qualidade de fornecedor de cuidados a adolescentes soropositivos, esteja esperando animosamente?
Eu estou esperando ansiosamente para ver que tipos de medicamentos injetáveis de longa duração, ou ate mesmo implantáveis, os cientistas irão lançar. Eu gostaria de ver mais cursos colocados nesta área.
Alguém tem que lembrar em tomar uma pílula todos os dias agora, mas, por mais que você possa remover o usuário da equação – se você pudesse fazer um coquetel injetável uma vez por mês ou uma vez a cada três meses – eu acho que isso realmente melhoraria a aderência ao medicamento para o HIV. Isto realmente melhoraria a diminuição das comunidades de cargas virais e, assim, diminuiria o risco de novas transmissões a outras pessoas.
Também, para pessoas que formam um casal soro discordante, fazer a profilaxia pré-exposição também ajudaria a percorrer o longo caminho para causar uma brecha na epidemia.
A outra coisa e (e eu não sei como fazer isso), nos precisamos descobrir como atingir mais pessoas. Eu acho que qualquer barreira que possa ser removida para ampliar o numero de realização de testes de HIV deve ser feita. Por exemplo, ninguém nunca diz em um exame físico anual, "Oh, nos vamos fazer uma contagem sangüínea completa."
Deveria apenas ser, "Nos vamos fazer os testes sangüíneos de rotina que é feito no exame físico." E deveria ser parte disto, assim você pega as pessoas – você simplesmente faz muito mais testes e nós poderemos esperançosamente achar mais pessoas que tem a infecção.
Teste amplamente, teste freqüentemente, como eles dizem.
Muito obrigado por conversar comigo.
Esta transcrição foi editada para pureza do som.
Mathew Rodriguez e editor da comunidade local para TheBody.com e The BodyPro.com
Siga Mathew no Twitter:@mathewrodriguez
Nota do Editor de Soropositivo Web Site: Eu conheci uma adolescente que tinha acabado de descobrir que era soropositiva. Ela contou para a família e foi taxada de drogada, Posta às ruas, caiu na prostituição.
Prostiuindo-se, "vingou-se do mundo" e contaminou umas duzentas pessoas. Quando caiu em si teve um arrependimento terrível e lançou-se do alto da ponte Major Quedinho, ali na Bela Vista, zona boêmia de Sampa e se acabou.
Morreu aos 19 anos, no início da vida. Lidar com adolescentes HIV – positivos é extremamente complexo, por tudo o que foi dito aqui e pela alta pressão dos hormônios nestas cabeças ainda em formação
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Amapá aumenta em 20% os números de casos de positivos
Pesquisa divulgada pelo Sistema de Notificação dos Agravos (Sinan), do Ministério da Saúde, aponta um aumento no índice de casos de Aids diagnosticados no Amapá. De acordo com os números, em 2014, o registro aumentou em 22,2%, correspondendo a 165 novos casos no estado.
A pesquisa aponta ainda que a maior concentração está entre jovens de 15 a 29 anos. Macapá é o município que concentra a maior incidência, diz a pesquisa, seguida por Santana, Oiapoque, Porto Grande e Pedra Branca do Amapari.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) do estado aponta duas hipóteses para esse aumento no diagnóstico da doença: "Ou as pessoas descobrem tardiamente que possuem o vírus ou abandonam o tratamento por algum motivo e essas informações entram na nossa estatística", disse a técnica de DST/aids da CVS, Silvia Maués.
Segundo ela, o número de pessoas infectadas pelo vírus no Amapá pode ser ainda maior, por causa da recusa e medo de realizar o teste de Aids.
"O diagnóstico precoce é importante porque reduz o número de morte, pois as pessoas que estão com o vírus aids iniciam de imediato o tratamento, controlando a doença e não evoluindo para o óbito", disse. Nos casos de pacientes infectados com o vírus HIV, neste ano o Amapá registrou 315 casos.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que vai intensificar campanhas que incentivem a população a fazer o teste rápido e também a usar preservativo.
A pesquisa aponta ainda que a maior concentração está entre jovens de 15 a 29 anos. Macapá é o município que concentra a maior incidência, diz a pesquisa, seguida por Santana, Oiapoque, Porto Grande e Pedra Branca do Amapari.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) do estado aponta duas hipóteses para esse aumento no diagnóstico da doença: "Ou as pessoas descobrem tardiamente que possuem o vírus ou abandonam o tratamento por algum motivo e essas informações entram na nossa estatística", disse a técnica de DST/aids da CVS, Silvia Maués.
Segundo ela, o número de pessoas infectadas pelo vírus no Amapá pode ser ainda maior, por causa da recusa e medo de realizar o teste de Aids.
"O diagnóstico precoce é importante porque reduz o número de morte, pois as pessoas que estão com o vírus aids iniciam de imediato o tratamento, controlando a doença e não evoluindo para o óbito", disse. Nos casos de pacientes infectados com o vírus HIV, neste ano o Amapá registrou 315 casos.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que vai intensificar campanhas que incentivem a população a fazer o teste rápido e também a usar preservativo.
Luto: Morre aos 86 anos Martha Rique Reis, uma das fundadoras do Pela Vidda Niterói
Morreu na madrugada de sábado (24), aos 86 anos, Martha Rique Reis, uma das fundadoras e ex-vice-presidente do Grupo Pela Vidda Niterói. Brasileira, viúva, natural de João Pessoa, na Paraíba, ela chegou em Niterói com 3 anos de idade junto com os pais.
Formada em Pedagogia e Assistência Social pela Universidade Federal Fluminense, Martha tem uma bela história de luta e ativismo em defesa dos direitos das pessoas em vulnerabilidade social e em situação de risco.
Fundou a Associação Fluminense de Reabilitação, e, presidindo esta entidade, prestou relevantes serviços aos queimados vítimas do incêndio do Gran Circus Norte- Americano, tragédia ocorrida em Niterói, no bairro do Ponto de Cem Réis, no dia 17 de dezembro de 1961, mantendo sob sua guarda uma criança vítima desta fatalidade até que ela fosse encontrada por seus parentes.
Casada com o professor e deputado Geraldo Reis, cujo mandato foi cassado durante a ditadura militar, Martha Reis sofreu sérios constrangimentos por conta da repressão do governo da época e da sociedade.
Guerreira e determinada, em 1991, Martha Reis ajudou na formação do Grupo Pela Vidda Niterói e foi a primeira vice-presidente desta entidade, na qual ajudou centenas de niteroienses atingidos pela aids, num período em que o número de casos da doença na cidade aumentava assustadoramente.
Ainda no Pela Vidda Niterói, ela idealizou o projeto Criança=Vidda, iniciativa que foi reconhecida como uma ação de extrema importância, pelo fato da assistência dada a centenas de crianças vítimas da aids, no começo dos anos 90. Sua atuação à frente deste trabalho lhe garantiu ser laureada com o Prêmio Destaques na área da saúde, proposto pelo então senador Eduardo Suplicy e aprovado pelo plenário do Senado Federal.
Martha Rique Reis dedicou grande parte de sua vida às oportunidades para milhares de pessoas pobres e indefesas. Foi pioneira nas ações de garantia de direitos das crianças órfãs da aids, conseguindo demonstrar de forma cristalina o poder da solidariedade no fortalecimento da autoestima e na melhora no sistema imunológico, fato que, década depois, a neurociência constataria ser verdadeiro.
Martha, além de ter se empenhado na fundação do Grupo Pela Vidda Niterói, lutou bravamente contra a epidemia de aids no município de Niterói, especialmente com ações solidárias, voltadas para as crianças, possibilitando mais qualidade de vida a elas.
Fonte: Agência Aids
Formada em Pedagogia e Assistência Social pela Universidade Federal Fluminense, Martha tem uma bela história de luta e ativismo em defesa dos direitos das pessoas em vulnerabilidade social e em situação de risco.
Fundou a Associação Fluminense de Reabilitação, e, presidindo esta entidade, prestou relevantes serviços aos queimados vítimas do incêndio do Gran Circus Norte- Americano, tragédia ocorrida em Niterói, no bairro do Ponto de Cem Réis, no dia 17 de dezembro de 1961, mantendo sob sua guarda uma criança vítima desta fatalidade até que ela fosse encontrada por seus parentes.
Casada com o professor e deputado Geraldo Reis, cujo mandato foi cassado durante a ditadura militar, Martha Reis sofreu sérios constrangimentos por conta da repressão do governo da época e da sociedade.
Guerreira e determinada, em 1991, Martha Reis ajudou na formação do Grupo Pela Vidda Niterói e foi a primeira vice-presidente desta entidade, na qual ajudou centenas de niteroienses atingidos pela aids, num período em que o número de casos da doença na cidade aumentava assustadoramente.
Ainda no Pela Vidda Niterói, ela idealizou o projeto Criança=Vidda, iniciativa que foi reconhecida como uma ação de extrema importância, pelo fato da assistência dada a centenas de crianças vítimas da aids, no começo dos anos 90. Sua atuação à frente deste trabalho lhe garantiu ser laureada com o Prêmio Destaques na área da saúde, proposto pelo então senador Eduardo Suplicy e aprovado pelo plenário do Senado Federal.
Martha Rique Reis dedicou grande parte de sua vida às oportunidades para milhares de pessoas pobres e indefesas. Foi pioneira nas ações de garantia de direitos das crianças órfãs da aids, conseguindo demonstrar de forma cristalina o poder da solidariedade no fortalecimento da autoestima e na melhora no sistema imunológico, fato que, década depois, a neurociência constataria ser verdadeiro.
Martha, além de ter se empenhado na fundação do Grupo Pela Vidda Niterói, lutou bravamente contra a epidemia de aids no município de Niterói, especialmente com ações solidárias, voltadas para as crianças, possibilitando mais qualidade de vida a elas.
Fonte: Agência Aids
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Vacinas que são ideais
As vacinas que são ideais para positivos:
- Pneumonia (Pneumococo): A resposta é melhor na fase em que as células CD4+ estão acima de 350/mm3;
- Hepatite B: Deve ser tomada somente quando indicada pelo médico. Indicações para usuários de drogas injetáveis, homossexuais sexualmente ativos, prostitutas, homens e mulheres com atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis ou mais de um parceiro sexual nos últimos seis meses e pessoas que vivem na mesma casa ou tiveram contato sexual com portadores da Hepatite B;
- Meningite (Haemophilus influenzae tipo b): A resposta é mais eficiente nos estágios precoces da infecção pelo HIV;
- Poliomielite: É preferível à vacina oral, no soropositivo e seus comunicantes próximos;
- H1N1: Deve ser tomada somente quando indicada pelo médico.
O exercício físico pode contribuir para um melhor funcionamento do sistema imunológico?
Os efeitos do exercício sobre o sistema imune em soropositivos ainda são alvo de pesquisas que buscam um posicionamento mais concreto. Alguns estudos, como o citado na obra McArdle, Katch e Katch (2003), feito por Keast et al. (1988), comprovaram que uma sessão de exercício com intensidade moderada reforça as funções imunes naturais e outras defesas por até várias horas após. Os efeitos mais proeminentes incluem um aumento na atividade dos linfócitos NK, que proporcionam a primeira linha de defesa do organismo contra diversos patógenos. Em outros estudos, feitos com pacientes soropositivos que praticavam exercícios físicos regularmente, alguns autores, como Borges (2005), LaPerriere et al. (1994), Perna et al. (1999), Terry et al. (1999) constataram um aumento ou pelo menos tendência a aumento de CD4 em exercícios aeróbios realizados com intensidade e duração moderado-média. Ainda assim, Lazzarotto et al. (2010) concluíram que o aumento de CD4 e a diminuição da carga viral não foram evidenciados na maior parte dos estudos em sua revisão de literatura sobre o assunto. O efeito contrário pode ocorrer quando se trata de exercícios aeróbios ou atividades intensas por período prolongado. Valores de linfócitos achados por MacArthur et al. (1993) indicam que um período prolongado de exercício ou outras formas de atividades intensas, de estresse extremo, produzem efeito oposto, enfraquecendo os mecanismos imunes normais que combatem infecções. Dessa forma, a prática desse tipo de exercício, principalmente por períodos prolongados, não é recomendada, por tornar os soropositivos vulneráveis a infecções oportunistas, gripes e resfriados. Um treinamento com exercícios regulares e de forma moderada, mesmo que haja progressão na intensidade e na duração, é recomendável e parece exercer um efeito desejável sobre as funções imunes naturais, além de aos poucos possibilitar a evolução do exercício, aumentando sua capacidade para realizá-lo, a resistência e a carga utilizada. A recomendação nesses estudos é de que a duração da sessão de treinamento não ultrapasse 90 minutos e possa trabalhar diferentes componentes, como a força, a resistência aeróbia e a flexibilidade. Autores como Calabrese e LaPerriere (1993) não consideram risco qualquer intensidade do exercício, mesmo que alta, ou atividades competitivas a portadores assintomáticos; porém, esforços exaustivos e prolongados não são recomendados, já que as respostas imunes são influenciadas, por exemplo, pelo nível de adrenalina. Vale ressaltar que de forma alguma o exercício poderá substituir a terapia com medicamentos no caso da infecção
18 Tudo em Cima! Exercícios físicos e qualidade de vida com HIV
pelo HIV. Não se deve abdicar do uso de medicamentos a fim de utilizar a prática de exercícios como recurso para preservar e até melhorar a função imune.
18 Tudo em Cima! Exercícios físicos e qualidade de vida com HIV
pelo HIV. Não se deve abdicar do uso de medicamentos a fim de utilizar a prática de exercícios como recurso para preservar e até melhorar a função imune.
Depoimento: descobri ser positivo e os medicos me deram 6 meses de vida
BRASÍLIA. O administrador de empresas Gerson recebeu, em 1986, aos 27 anos, a notícia de que estava com AIDS e que teria seis meses de vida. Vendeu todos os seus bens em Porto Alegre (RS) para, depois desse diagnóstico, dar ao volta ao mundo antes de morrer. Hoje, aos 50 anos, Gerson está saudável e vivo para contar a história de um dos poucos portadores do vírus HIV daquela época que sobreviveram à doença.
O administrador é um dos vencedores do concurso "Vidas em crônica", do Programa de AIDS, do Ministério da Saúde, que selecionou relatos de quem vive ou participa da vida de portadores do vírus e convive com essa epidemia. São histórias ambientadas nas décadas de 80, 90 e nos anos 2000 que traçam uma evolução da doença no país, os avanços no tratamento, com a chegada do coquetel de antirretrovirais, e o aumento da sobrevida de quem tem AIDS.
Gerson chegou a se aposentar por invalidez. Depois, virou um ativista da causa e conta como viveu aqueles dias: – Não tínhamos esperança.
O resultado positivo era declaração e condenação de morte.
A pergunta era: quanto tempo eu tenho? Na crônica vitoriosa, ele escreveu: "Cada vez que ouvia os dados da epidemia pensava: em qual desses números fui classificado? Em qual grupo de risco fui jogado? Eu me transformei num dado epidemiológico".
Portadora do vírus, a pedagoga Maria (nome fictício) foi uma das vencedoras na categoria década de 90. Ela tem 48 anos e contraiu o vírus em 1992, depois de uma relação sexual sem PRESERVATIVO: – Fiquei muito doente e estive três vezes internada à beira da morte. Era uma questão de quando ia morrer.
A pedagoga orgulha-se de ter sido a primeira vítima da AIDS a conseguir na Justiça, em 96, o direito de ter acesso a medicamentos, todos importados. Hoje, reclama dos efeitos colaterais dos antirretrovirais.
- Os remédios atacam feio nas mulheres. Deixam a gente com aspecto feio, rosto e perna fina e barriga e seios enormes.
Alice Belém de Oliveira é enfermeira e trabalha com portadores do HIV no Rio. Sua história está entre as premiadas. Ela contou o drama da primeira morte de uma criança com AIDS que testemunhou, em 1987. "Sentei-me ao lado daquele leito e, segurando naquelas mãos já frias e pálidas, orei e pedi a Deus que permitisse que crianças-anjos vivessem neste mundo. Chorei um choro que estava reprimido há anos desde que perdi o meu primeiro paciente de AIDS. Duas décadas se passaram. Perdi alguns pacientes para a AIDS, mas muitos conseguimos recuperar. Com avanço tecnológico, a qualidade de vida melhorou".
Ano de 87; quase todas as noites perdíamos pacientes para a AIDS, a maioria com poucos dias de internação, alguns até em 24 horas. Era devastadora a situação. O pior era o estigma que as pessoas tinham em relação aos soropositivos"
Alice Belém, enfermeira que trabalha com pacientes com HIV
Passaram-se 23 anos desde meu primeiro exame de HIV. As novas gerações de medicamentos vêm ocupando as estantes do meu armário. Nunca imaginei que chegaria tão longe, a ponto de ver minhas filhas casando, meus netos cruzando pela sala. Parece que tudo está certo, cumprindo seu destino.
O administrador é um dos vencedores do concurso "Vidas em crônica", do Programa de AIDS, do Ministério da Saúde, que selecionou relatos de quem vive ou participa da vida de portadores do vírus e convive com essa epidemia. São histórias ambientadas nas décadas de 80, 90 e nos anos 2000 que traçam uma evolução da doença no país, os avanços no tratamento, com a chegada do coquetel de antirretrovirais, e o aumento da sobrevida de quem tem AIDS.
Gerson chegou a se aposentar por invalidez. Depois, virou um ativista da causa e conta como viveu aqueles dias: – Não tínhamos esperança.
O resultado positivo era declaração e condenação de morte.
A pergunta era: quanto tempo eu tenho? Na crônica vitoriosa, ele escreveu: "Cada vez que ouvia os dados da epidemia pensava: em qual desses números fui classificado? Em qual grupo de risco fui jogado? Eu me transformei num dado epidemiológico".
Portadora do vírus, a pedagoga Maria (nome fictício) foi uma das vencedoras na categoria década de 90. Ela tem 48 anos e contraiu o vírus em 1992, depois de uma relação sexual sem PRESERVATIVO: – Fiquei muito doente e estive três vezes internada à beira da morte. Era uma questão de quando ia morrer.
A pedagoga orgulha-se de ter sido a primeira vítima da AIDS a conseguir na Justiça, em 96, o direito de ter acesso a medicamentos, todos importados. Hoje, reclama dos efeitos colaterais dos antirretrovirais.
- Os remédios atacam feio nas mulheres. Deixam a gente com aspecto feio, rosto e perna fina e barriga e seios enormes.
Alice Belém de Oliveira é enfermeira e trabalha com portadores do HIV no Rio. Sua história está entre as premiadas. Ela contou o drama da primeira morte de uma criança com AIDS que testemunhou, em 1987. "Sentei-me ao lado daquele leito e, segurando naquelas mãos já frias e pálidas, orei e pedi a Deus que permitisse que crianças-anjos vivessem neste mundo. Chorei um choro que estava reprimido há anos desde que perdi o meu primeiro paciente de AIDS. Duas décadas se passaram. Perdi alguns pacientes para a AIDS, mas muitos conseguimos recuperar. Com avanço tecnológico, a qualidade de vida melhorou".
Ano de 87; quase todas as noites perdíamos pacientes para a AIDS, a maioria com poucos dias de internação, alguns até em 24 horas. Era devastadora a situação. O pior era o estigma que as pessoas tinham em relação aos soropositivos"
Alice Belém, enfermeira que trabalha com pacientes com HIV
Passaram-se 23 anos desde meu primeiro exame de HIV. As novas gerações de medicamentos vêm ocupando as estantes do meu armário. Nunca imaginei que chegaria tão longe, a ponto de ver minhas filhas casando, meus netos cruzando pela sala. Parece que tudo está certo, cumprindo seu destino.
domingo, 25 de janeiro de 2015
ESTAMOS PREPARADOS PARA ERRADICAR O HIV ?
Recentemente, o apoio a tratamentos profilático de pacientes com pre- exposição ao HIV (prEP) cresceu substancialmente.
As entidades CDC ( Centros de Controle e Prevenção de Doenças, do governo federal dos EUA) e WHO (Organização Mundial da Saúde- OMS) reforçam esse apoio, assim como o Governador do Estado de Nova Iorque – Cuomo, que recentemente anunciou um plano com várias frentes de ações para reduzir os índices de novas infecções em 75% para antes de 2020.
Contudo, o papel de contenção do prEP tem sido motivo de acalorados debates – quem deve conduzi-lo; quem deve financia-lo; e se funcionará ou não em determinado nível social da população. Seu custo anual é cerca de dez mil dólares para seguradoras de saúde, e isto requer adesões diárias a elas para um lucro máximo, e envolve testes periódicos para monitorar a situação dos pacientes com HIV.
Há também a preocupação sobre se a eficiência do prEP pode ser afetada por dois fenômenos de comportamento frequentemente observados na promoção de saúde: auto-seleção e compensação de riscos.
Auto-seleção é, neste caso, quando aqueles que correm mais riscos (baseado no comportamento) não compreendem, não aceitam e são menos propensos a procurar um medicamento. A auto-seleção é geralmente vista em programas de promoção de saúde-onde aqueles que precisam de uma intervenção são frequentemente os mais difíceis de alcançar- mas isso pode ser superado pela diminuição do estigma sobre o teste de HIV e seu tratamento, potencialmente através de incentivos financeiros para testes de HIV ou adesão a medicamentos.
A compensação de risco ocorre quando aqueles que aceitam tomar medidas preventivas acabam tendo comportamento mais perigoso devido umavirus sensação de maior proteção. Embora a compensação de risco não tenha sido observada no estudo de referência do iprEX (iniciativa profilática de pré – exposição.
É a terceira fase de testes clínicos para determinar se a medicação retroviral tenofovir/emtricitabine disoproxil fumarate- comercialmente conhecida como Truvada, poderia de forma segura e eficiente prevenir a infecção de HIV por homens que se relacionam sexualmente com homens), ela é potencialmente perigosa.
Estudos paralelos podem ser delineados da experiência daqueles que estão tomando estatina (medicamento usado para combater um alto índice de colesterol ruim, bem como para a aterosclerose), continuam com uma dieta pior e ganham peso corporal.
Este artigo foi originalmente escrito por Mark J. Harris para o Vitality Institute, em agosto de 2014 e foi republicado aqui sob autorização. A publicação original (em inglês) pode ser vista no blog do Vitality Institute pelo link: http://thevitalityinstitute.org/are-we-prepared-to-eradicate-hiv/. Para saber mais sobre o Vitality Institute acesse: http://thevitalityinstitute.org/blog/
Para ler mais textos de Mark, acesse: http://markmdmph.wordpress.com/.
Tradução: Márcio Catanho
As entidades CDC ( Centros de Controle e Prevenção de Doenças, do governo federal dos EUA) e WHO (Organização Mundial da Saúde- OMS) reforçam esse apoio, assim como o Governador do Estado de Nova Iorque – Cuomo, que recentemente anunciou um plano com várias frentes de ações para reduzir os índices de novas infecções em 75% para antes de 2020.
Contudo, o papel de contenção do prEP tem sido motivo de acalorados debates – quem deve conduzi-lo; quem deve financia-lo; e se funcionará ou não em determinado nível social da população. Seu custo anual é cerca de dez mil dólares para seguradoras de saúde, e isto requer adesões diárias a elas para um lucro máximo, e envolve testes periódicos para monitorar a situação dos pacientes com HIV.
Há também a preocupação sobre se a eficiência do prEP pode ser afetada por dois fenômenos de comportamento frequentemente observados na promoção de saúde: auto-seleção e compensação de riscos.
Auto-seleção é, neste caso, quando aqueles que correm mais riscos (baseado no comportamento) não compreendem, não aceitam e são menos propensos a procurar um medicamento. A auto-seleção é geralmente vista em programas de promoção de saúde-onde aqueles que precisam de uma intervenção são frequentemente os mais difíceis de alcançar- mas isso pode ser superado pela diminuição do estigma sobre o teste de HIV e seu tratamento, potencialmente através de incentivos financeiros para testes de HIV ou adesão a medicamentos.
A compensação de risco ocorre quando aqueles que aceitam tomar medidas preventivas acabam tendo comportamento mais perigoso devido umavirus sensação de maior proteção. Embora a compensação de risco não tenha sido observada no estudo de referência do iprEX (iniciativa profilática de pré – exposição.
É a terceira fase de testes clínicos para determinar se a medicação retroviral tenofovir/emtricitabine disoproxil fumarate- comercialmente conhecida como Truvada, poderia de forma segura e eficiente prevenir a infecção de HIV por homens que se relacionam sexualmente com homens), ela é potencialmente perigosa.
Estudos paralelos podem ser delineados da experiência daqueles que estão tomando estatina (medicamento usado para combater um alto índice de colesterol ruim, bem como para a aterosclerose), continuam com uma dieta pior e ganham peso corporal.
Este artigo foi originalmente escrito por Mark J. Harris para o Vitality Institute, em agosto de 2014 e foi republicado aqui sob autorização. A publicação original (em inglês) pode ser vista no blog do Vitality Institute pelo link: http://thevitalityinstitute.org/are-we-prepared-to-eradicate-hiv/. Para saber mais sobre o Vitality Institute acesse: http://thevitalityinstitute.org/blog/
Para ler mais textos de Mark, acesse: http://markmdmph.wordpress.com/.
Tradução: Márcio Catanho
Tratamento de depressão nos positivos
Segundo especialistas, os transtornos depressivos são a maioria dos distúrbios psíquicos entre pessoas com HIV/aids. Embora seja difícil precisar a proporção exata, estudos indicam que a porcentagem de depressão em soropositivos pode variar de 4% a 40%.
Sintomas de depressão assim como de ansiedade podem ser reações comuns em pessoas que sofrem de alguma doença, inclusive a aids. Fatores como o sentimento de discriminação, a perda da auto-estima, a falta de apoio familiar e social, o medo da morte e mesmo os efeitos colaterais dos medicamentos podem desencadear um processo depressivo muito intenso em alguns pacientes. O diagnóstico precoce da depressão é de extrema importância para manter a adesão ao tratamento ARV e, conseqüentemente, para um prognóstico melhor da infecção pelo HIV e para a melhora da qualidade de vida do soropositivo.
"A depressão é uma manifestação psíquica que requer muita atenção do profissional porque, de alguma maneira, o sintoma depressivo vai aparecer. O que varia é o grau de intensidade, a forma e a continuidade da manifestação em cada pessoa", diz Gisela Cardoso, psicóloga do Programa de Aids do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), no Rio de Janeiro. Segundo ela, é necessário que os profissionais de saúde tenham mais sensibilidade para diagnosticar a depressão: "o atendimento, muitas vezes, fica focado no tratamento com os ARV. Saber se tomou o remédio, como tomou e o que sentiu é absolutamente fundamental. Entretanto, a depressão pode ser um fator que dificulta a adesão do paciente ao tratamento. Logo, ela precisa ser identificada o quanto antes", diz a psicóloga.
Para isso, o HUCFF – que possui um Programa de Aids há 20 anos – conta com uma equipe de saúde mental integrada à rotina clínica e assistencial. Ao longo desses anos, a atuação em saúde mental foi se adaptando às diferentes fases da epidemia. "Antes do surgimento dos anti-retrovirais (ARV), não tínhamos opção de tratamento. Era muito angustiante", conta a psicóloga. Com o descobrimento dos ARV, a aids passou a ser considerada uma doença crônica, com o aumento da sobrevida das pessoas. Porém, para se beneficiar desse tratamento, os soropositivos precisam aceitar a doença e o tratamento. "Este é o grande desafio. Muitos pacientes não conseguem aceitar que estão infectados e que precisam de tratamento porque possuem questões de ordem psicológica e social", explica a psicóloga do HUCFF. "Não adianta você ter o melhor tratamento, o melhor serviço de saúde, assistência psicológica, se você mesmo não se vê como sujeito que quer ou que pode se beneficiar daquilo", completa Gisela. Geralmente, segundo a psicóloga, as pessoas que têm mais dificuldade de aceitar a doença reagem ao tratamento com sentimento de tristeza, desânimo, desinteresse, culpa e desvalorização: "Uma postura negativa diante da vida pode sinalizar que este paciente precisa de um acompanhamento psicológico".
CASOS DE DEPRESSÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
"A descoberta do HIV implica uma reavaliação de vida. O tratamento é rigoroso. A adesão e a disciplina para tomar a medicação têm a ver com o desejo de viver", diz a médica infectologista Gabriela Waghabi, do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT) da Secretária Estadual de Saúde de São Paulo.
A infectologista afirma que a incidência de depressão é muito grande entre os pacientes soropositivos. Durante a consulta clínica, a médica faz questão de avaliar a existência de distúrbios de humor prévios e aspectos psicossociais na história dos pacientes. A infectologista lembra ainda que, uma vez iniciado o tratamento ARV, é preciso também estar atento ao efeito de alguns medicamentos na saúde mental do paciente. O efavirenz (Stocrin), por exemplo, traz efeitos colaterais no Sistema Nervoso Central, "um gatilho que desencadeia insônia, sonolência, tontura, sonhos, pesadelos vívidos e alucinações. São reações que se assemelham aos sintomas depressivos, mas podem ser evitadas. Nestes casos, a troca de medicamento não está no Consenso do Ministério da Saúde, mas é uma questão que deve ser avaliada com bom senso", opina a médica.
CRITÉRIO PARA A PSIQUIATRIA DO CRT
Casos de depressão no CRT são encaminhados para consulta psiquiátrica. Geralmente, são pacientes que apresentam, por pelo menos duas semanas seguidas, um quadro de transtornos mentais, como anedonia (falta de prazer), abulia (falta de vontade), angústia, tristeza, acompanhados ou não de alterações de sono e fome, podendo haver ideação de morte e tendências suicidas. A psiquiatra do Serviço Ambulatorial do CRT, Soraia Teijeiro Fraga, diz que, de um modo geral, "acredita-se haver uma predisposição genética na população em geral para transtornos depressivos. Contudo, nos pacientes soropositivos somam-se fatores psicossociais como o medo da morte, de doenças oportunistas e de efeitos colaterais das medicações, o preconceito, a rejeição e problemas relacionados à sexualidade".
OS BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS E A PSICOTERAPIA
Quando a psicoterapia não é suficiente para melhorar o estado depressivo, soma-se ao tratamento a farmacoterapia, com medicação psicotrópica. "Os antidepressivos agem regulando a função de neurotransmissores na fenda sináptica. Ou seja, os medicamentos atuam na regulação da função no cérebro de substâncias como a serotonina (relacionada a prazer e interesse), a noradrenalina (concentração e motivação) e a dopamina (motivação e prazer)", explica a psiquiatra do CRT.
Também são usados por alguns terapeutas medicamentos como os estabilizadores de humor e benzodiazepínicos. Entretanto, deve-se ter muito cuidado com a prescrição desses medicamentos por causa da interação medicamentosa com os ARV. "Os benzodiazepínicos devem ser usados por um período curto, para sintomas ansiosos ou insônia, como coadjuvante do antidepressivo. Esses medicamentos, por exemplo, têm aumentada sua meia-vida no organismo quando tomados com inibidores de protease, podendo trazer sedação excessiva de pacientes. Alguns inibidores de protease podem também potencializar o efeito dos antidepressivos tricíclicos e da fluoxetina", alerta Soraia Teijeiro Fraga.
Segundo a médica, "deve-se buscar o medicamento que atue diretamente nos sintomas do paciente, com bom efeito terapêutico e menos efeitos colaterais".
Segundo a médica psiquiatra, iniciada a farmacoterapia, espera-se uma melhora, ora discreta, em duas ou três semanas. O acompanhamento será imprescindível para avaliar o quadro do paciente. "A própria pessoa descreve que se sente mais disposta, acorda com menos dificuldade, já tem vontade de fazer as coisas e de se alimentar melhor", descreve a médica. Segundo ela, há casos em que a dosagem pode ser diminuída aos poucos, até a suspensão do medicamento. Porém, dependendo do histórico e da resposta do paciente, em alguns casos, os antidepressivos precisam ser tomados pelo resto da vida. A psiquiatra explica que, para evitar um risco de recaída com a retirada do medicamento, é necessário estabelecer um período de manutenção, no qual o paciente permanece com a medicação e com o apoio de uma equipe multidisciplinar por um período que pode variar dependendo do caso.
A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR
No caso da depressão e de outras alterações de ordem psíquica em pacientes com HIV/aids, fica claro que a atuação de uma equipe multidisciplinar, formada por várias especialidades, pode beneficiar sobremaneira o tratamento. O perfil diferenciado do profissional de saúde também é um fator importante. Ter "certa sensibilidade para perceber outras questões na vida do paciente", como definiu a psicóloga do Programa de Aids do HUCFF, Gisela Cardoso, valorizando aspectos subjetivos e sociais, pode trazer ganhos importantes para o tratamento.
"Fazer um gancho da pessoa com a vida, estimulando-a a continuar com a sua rotina e mostrando os vários caminhos que ela tem pela frente, é o grande desafio de todos os profissionais de saúde que trabalham com pessoas vivendo com HIV/aids", conclui Gisela.
Fonte: Saber Viver
Sintomas de depressão assim como de ansiedade podem ser reações comuns em pessoas que sofrem de alguma doença, inclusive a aids. Fatores como o sentimento de discriminação, a perda da auto-estima, a falta de apoio familiar e social, o medo da morte e mesmo os efeitos colaterais dos medicamentos podem desencadear um processo depressivo muito intenso em alguns pacientes. O diagnóstico precoce da depressão é de extrema importância para manter a adesão ao tratamento ARV e, conseqüentemente, para um prognóstico melhor da infecção pelo HIV e para a melhora da qualidade de vida do soropositivo.
"A depressão é uma manifestação psíquica que requer muita atenção do profissional porque, de alguma maneira, o sintoma depressivo vai aparecer. O que varia é o grau de intensidade, a forma e a continuidade da manifestação em cada pessoa", diz Gisela Cardoso, psicóloga do Programa de Aids do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), no Rio de Janeiro. Segundo ela, é necessário que os profissionais de saúde tenham mais sensibilidade para diagnosticar a depressão: "o atendimento, muitas vezes, fica focado no tratamento com os ARV. Saber se tomou o remédio, como tomou e o que sentiu é absolutamente fundamental. Entretanto, a depressão pode ser um fator que dificulta a adesão do paciente ao tratamento. Logo, ela precisa ser identificada o quanto antes", diz a psicóloga.
Para isso, o HUCFF – que possui um Programa de Aids há 20 anos – conta com uma equipe de saúde mental integrada à rotina clínica e assistencial. Ao longo desses anos, a atuação em saúde mental foi se adaptando às diferentes fases da epidemia. "Antes do surgimento dos anti-retrovirais (ARV), não tínhamos opção de tratamento. Era muito angustiante", conta a psicóloga. Com o descobrimento dos ARV, a aids passou a ser considerada uma doença crônica, com o aumento da sobrevida das pessoas. Porém, para se beneficiar desse tratamento, os soropositivos precisam aceitar a doença e o tratamento. "Este é o grande desafio. Muitos pacientes não conseguem aceitar que estão infectados e que precisam de tratamento porque possuem questões de ordem psicológica e social", explica a psicóloga do HUCFF. "Não adianta você ter o melhor tratamento, o melhor serviço de saúde, assistência psicológica, se você mesmo não se vê como sujeito que quer ou que pode se beneficiar daquilo", completa Gisela. Geralmente, segundo a psicóloga, as pessoas que têm mais dificuldade de aceitar a doença reagem ao tratamento com sentimento de tristeza, desânimo, desinteresse, culpa e desvalorização: "Uma postura negativa diante da vida pode sinalizar que este paciente precisa de um acompanhamento psicológico".
CASOS DE DEPRESSÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
"A descoberta do HIV implica uma reavaliação de vida. O tratamento é rigoroso. A adesão e a disciplina para tomar a medicação têm a ver com o desejo de viver", diz a médica infectologista Gabriela Waghabi, do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT) da Secretária Estadual de Saúde de São Paulo.
A infectologista afirma que a incidência de depressão é muito grande entre os pacientes soropositivos. Durante a consulta clínica, a médica faz questão de avaliar a existência de distúrbios de humor prévios e aspectos psicossociais na história dos pacientes. A infectologista lembra ainda que, uma vez iniciado o tratamento ARV, é preciso também estar atento ao efeito de alguns medicamentos na saúde mental do paciente. O efavirenz (Stocrin), por exemplo, traz efeitos colaterais no Sistema Nervoso Central, "um gatilho que desencadeia insônia, sonolência, tontura, sonhos, pesadelos vívidos e alucinações. São reações que se assemelham aos sintomas depressivos, mas podem ser evitadas. Nestes casos, a troca de medicamento não está no Consenso do Ministério da Saúde, mas é uma questão que deve ser avaliada com bom senso", opina a médica.
CRITÉRIO PARA A PSIQUIATRIA DO CRT
Casos de depressão no CRT são encaminhados para consulta psiquiátrica. Geralmente, são pacientes que apresentam, por pelo menos duas semanas seguidas, um quadro de transtornos mentais, como anedonia (falta de prazer), abulia (falta de vontade), angústia, tristeza, acompanhados ou não de alterações de sono e fome, podendo haver ideação de morte e tendências suicidas. A psiquiatra do Serviço Ambulatorial do CRT, Soraia Teijeiro Fraga, diz que, de um modo geral, "acredita-se haver uma predisposição genética na população em geral para transtornos depressivos. Contudo, nos pacientes soropositivos somam-se fatores psicossociais como o medo da morte, de doenças oportunistas e de efeitos colaterais das medicações, o preconceito, a rejeição e problemas relacionados à sexualidade".
OS BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS E A PSICOTERAPIA
Quando a psicoterapia não é suficiente para melhorar o estado depressivo, soma-se ao tratamento a farmacoterapia, com medicação psicotrópica. "Os antidepressivos agem regulando a função de neurotransmissores na fenda sináptica. Ou seja, os medicamentos atuam na regulação da função no cérebro de substâncias como a serotonina (relacionada a prazer e interesse), a noradrenalina (concentração e motivação) e a dopamina (motivação e prazer)", explica a psiquiatra do CRT.
Também são usados por alguns terapeutas medicamentos como os estabilizadores de humor e benzodiazepínicos. Entretanto, deve-se ter muito cuidado com a prescrição desses medicamentos por causa da interação medicamentosa com os ARV. "Os benzodiazepínicos devem ser usados por um período curto, para sintomas ansiosos ou insônia, como coadjuvante do antidepressivo. Esses medicamentos, por exemplo, têm aumentada sua meia-vida no organismo quando tomados com inibidores de protease, podendo trazer sedação excessiva de pacientes. Alguns inibidores de protease podem também potencializar o efeito dos antidepressivos tricíclicos e da fluoxetina", alerta Soraia Teijeiro Fraga.
Segundo a médica, "deve-se buscar o medicamento que atue diretamente nos sintomas do paciente, com bom efeito terapêutico e menos efeitos colaterais".
Segundo a médica psiquiatra, iniciada a farmacoterapia, espera-se uma melhora, ora discreta, em duas ou três semanas. O acompanhamento será imprescindível para avaliar o quadro do paciente. "A própria pessoa descreve que se sente mais disposta, acorda com menos dificuldade, já tem vontade de fazer as coisas e de se alimentar melhor", descreve a médica. Segundo ela, há casos em que a dosagem pode ser diminuída aos poucos, até a suspensão do medicamento. Porém, dependendo do histórico e da resposta do paciente, em alguns casos, os antidepressivos precisam ser tomados pelo resto da vida. A psiquiatra explica que, para evitar um risco de recaída com a retirada do medicamento, é necessário estabelecer um período de manutenção, no qual o paciente permanece com a medicação e com o apoio de uma equipe multidisciplinar por um período que pode variar dependendo do caso.
A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR
No caso da depressão e de outras alterações de ordem psíquica em pacientes com HIV/aids, fica claro que a atuação de uma equipe multidisciplinar, formada por várias especialidades, pode beneficiar sobremaneira o tratamento. O perfil diferenciado do profissional de saúde também é um fator importante. Ter "certa sensibilidade para perceber outras questões na vida do paciente", como definiu a psicóloga do Programa de Aids do HUCFF, Gisela Cardoso, valorizando aspectos subjetivos e sociais, pode trazer ganhos importantes para o tratamento.
"Fazer um gancho da pessoa com a vida, estimulando-a a continuar com a sua rotina e mostrando os vários caminhos que ela tem pela frente, é o grande desafio de todos os profissionais de saúde que trabalham com pessoas vivendo com HIV/aids", conclui Gisela.
Fonte: Saber Viver
Bill Gates prevê desenvolvimento de ferramentas "milagrosas" contra Aids até 2030
DAVOS, Suíça (Reuters) - Duas novas ferramentas de combate à Aids devem estar disponíveis até 2030 na forma de vacina ou novos tratamentos intensivos com drogas, o que deve acabar com a maior parte dos casos de uma doença que já matou milhões de pessoas nos últimos 30 anos, disse o fundador da Microsoft, Bill Gates.
Gates, cuja fundação de filantropia destina milhões de dólares em pesquisa médica, afirmou durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que "dois milagres" devem ser alcançados nos próximos anos.
"Estamos muito otimistas de que neste período de 15 anos vamos conseguir obter estas duas ferramentas", disse Gates durante palestra no final da sexta-feira.
Uma vacina é vista como pivô na prevenção de novas infecções entre populações suscetíveis, enquanto novos tipos de tratamentos intensivos com drogas devem eliminar a necessidade dos doentes de tomarem medicamentos por longos períodos, disse ele.
Gates, cuja Fundação Bill & Melinda Gates tem um grande papel no financiamento de pesquisa de saúde, também mostrou otimismo sobre o combate à malária, onde o trabalho em uma vacina está mais adiantado que no caso da Aids.
A GlaxoSmithKline enviou para aprovação em julho do ano passado a primeira vacina contra malária do mundo.
"Não veremos o fim da Aids", disse Gates na apresentação. "Mas tanto para a malária como para a Aids teremos ferramentas que nos permitirão ter uma redução de 95 a 100 por cento dos casos, estas ferramentas serão inventadas neste período de 15 anos", afirmou.
(Por Ben Hirschler)
sábado, 24 de janeiro de 2015
DSTs podem causar infertilidade permanente
Algumas doenças podem causar inflamações, gravidez ectópica (fora do útero) e, até mesmo, danificar estruturas femininas
Quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem evoluir e causar infertilidade, especialmente nas mulheres. A complicação pode ser resultado de inflamação, espessamento, obstrução ou danificação das tubas uterinas, que dificultam o encontro do óvulo com o espermatozoide. As DSTs são causadas por diversos tipos de agentes e transmitidas, principalmente, por contato sexual sem proteção.
"Em casos mais graves, essas infecções podem gerar abscessos na pelve. Esse é um tipo de infecção tão grave que gera pus na cavidade pélvica, onde fica o aparelho reprodutor feminino", explica a Dra. Ana Luiza Nunes, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva. O tratamento, dependendo da gravidade, inclui a retirada do ovário e da tuba acometidos, gerando assim uma diminuição significativa na reserva de óvulos da mulher – o que dificulta, inclusive, os tratamentos de reprodução assistida.
Mulheres afetadas por DSTs podem, ainda, desenvolver uma gestação ectópica. "É um tipo de gravidez que ocorre fora do útero, nas trompas, causada por uma dificuldade no transporte do embrião até o local correto. O feto começa a se desenvolver ainda na tuba uterina e não sobrevive. Caso se desenvolva, pode destruir as estruturas maternas, que são bastante delicadas".
E os homens?
Os homens não estão livres dos efeitos de infertilidade ocasionados pelas DSTs. Os sintomas podem demorar mais a aparecer ou, então, em muitos casos, serem silenciosos. São relacionados à infecção do canal da urina (uretrite), próstata e epidídimo – local onde ocorre o amadurecimento dos espermatozoides. Isso resulta em uma piora significativa na qualidade do sêmen.
Fique atento às DSTs!
Entre as principais, perigosas para a saúde e que podem ocasionar a infertilidade, estão: Aids (HIV), Cancro mole, Clamídia, Gonorreia, HPV, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), Donovanose, Hepatites virais, Herpes genital, Infecção pelo HTLV, Linfogranuloma venéreo, Sífilis e Tricomoníase.
Quais são as mais perigosas?
As mais perigosas para a fertilidade são a Gonorreia, causada pela bactéria Gonococo e a Clamídia, pois estes agentes têm preferência (tropismo) pelas tubas uterinas e rapidamente podem danificá-las, comprometendo a fertilidade. Muitas vezes, causam corrimento vaginal discreto, fato que não causa alarde na paciente e esta não procura tratamento. Por isso, recomendamos a todas as mulheres em idade reprodutiva a procurarem seus ginecologistas para uma rotina ginecológica para prevenção.
Duas delas, o HPV e o HIV, entretanto, são mais conhecidas pela população e têm tido maior incidência nos últimos anos. "O HPV é o responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero. O vírus também pode causar a proliferação das verrugas na vagina, na região anal ou no períneo, que também podem ser responsáveis pela infertilidade. A infecção pelo HPV tornou-se uma preocupação de saúde pública e já existem vacinas para prevenir a infecção na rede de saúde, para meninas entre nove e 13 anos de idade. Também é fundamental a realização do teste de Papanicolau, exame de rotina da mulher para prevenção deste tipo de câncer".
Sobre o HIV, a médica esclarece que é comum que homens e mulheres infectados também apresentem outras DSTs, que podem causar danos irreversíveis ao sistema reprodutor. Neste caso, também é necessário um tratamento de reprodução assistida para engravidar.
Casais portadores do vírus HIV têm alternativa para ter filhos
Há alternativas para casais que querem ter filhos e são portadores do vírus HIV. A inseminação intrauterina ou a Fertilização In Vitro, após a preparação e avaliação do sêmen, são seguras. Para isso, a carga viral no sêmen do paciente é medida para avaliar a possibilidade de realizar algum dos tratamentos.
"Todas as pessoas que tiveram uma DST que afetou a fertilidade podem buscar métodos de reprodução assistida. As mulheres que apresentam infertilidade por fator tubo-peritoneal, com alterações anatômicas das trompas de Falópio, por exemplo, podem recorrer à Fertilização In Vitro, uma alternativa muito segura para engravidar", conclui a especialista.
Sobre o Grupo Huntington
Criada em 1995, a Huntington Medicina Reprodutiva é um dos maiores grupos do Brasil, com três unidades instaladas em São Paulo e uma nova unidade em Campinas. Sob a direção de Paulo Serafini e Eduardo Motta, renomados especialistas na área, o grupo é referência nacional e internacional em tratamentos para fertilidade. A Huntington possui corpo médico e técnico-científico altamente capacitado, que se destaca na prática clínica, cirúrgica e tecnológica. Os principais tratamentos utilizados atualmente são: Inseminação Artificial, Fertilização in Vitro, além de técnicas de reversão de vasectomia e de laqueadura, entre outras.
Visite www.huntington.com.br
Fonte:maxpressnet
Quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem evoluir e causar infertilidade, especialmente nas mulheres. A complicação pode ser resultado de inflamação, espessamento, obstrução ou danificação das tubas uterinas, que dificultam o encontro do óvulo com o espermatozoide. As DSTs são causadas por diversos tipos de agentes e transmitidas, principalmente, por contato sexual sem proteção.
"Em casos mais graves, essas infecções podem gerar abscessos na pelve. Esse é um tipo de infecção tão grave que gera pus na cavidade pélvica, onde fica o aparelho reprodutor feminino", explica a Dra. Ana Luiza Nunes, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva. O tratamento, dependendo da gravidade, inclui a retirada do ovário e da tuba acometidos, gerando assim uma diminuição significativa na reserva de óvulos da mulher – o que dificulta, inclusive, os tratamentos de reprodução assistida.
Mulheres afetadas por DSTs podem, ainda, desenvolver uma gestação ectópica. "É um tipo de gravidez que ocorre fora do útero, nas trompas, causada por uma dificuldade no transporte do embrião até o local correto. O feto começa a se desenvolver ainda na tuba uterina e não sobrevive. Caso se desenvolva, pode destruir as estruturas maternas, que são bastante delicadas".
E os homens?
Os homens não estão livres dos efeitos de infertilidade ocasionados pelas DSTs. Os sintomas podem demorar mais a aparecer ou, então, em muitos casos, serem silenciosos. São relacionados à infecção do canal da urina (uretrite), próstata e epidídimo – local onde ocorre o amadurecimento dos espermatozoides. Isso resulta em uma piora significativa na qualidade do sêmen.
Fique atento às DSTs!
Entre as principais, perigosas para a saúde e que podem ocasionar a infertilidade, estão: Aids (HIV), Cancro mole, Clamídia, Gonorreia, HPV, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), Donovanose, Hepatites virais, Herpes genital, Infecção pelo HTLV, Linfogranuloma venéreo, Sífilis e Tricomoníase.
Quais são as mais perigosas?
As mais perigosas para a fertilidade são a Gonorreia, causada pela bactéria Gonococo e a Clamídia, pois estes agentes têm preferência (tropismo) pelas tubas uterinas e rapidamente podem danificá-las, comprometendo a fertilidade. Muitas vezes, causam corrimento vaginal discreto, fato que não causa alarde na paciente e esta não procura tratamento. Por isso, recomendamos a todas as mulheres em idade reprodutiva a procurarem seus ginecologistas para uma rotina ginecológica para prevenção.
Duas delas, o HPV e o HIV, entretanto, são mais conhecidas pela população e têm tido maior incidência nos últimos anos. "O HPV é o responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero. O vírus também pode causar a proliferação das verrugas na vagina, na região anal ou no períneo, que também podem ser responsáveis pela infertilidade. A infecção pelo HPV tornou-se uma preocupação de saúde pública e já existem vacinas para prevenir a infecção na rede de saúde, para meninas entre nove e 13 anos de idade. Também é fundamental a realização do teste de Papanicolau, exame de rotina da mulher para prevenção deste tipo de câncer".
Sobre o HIV, a médica esclarece que é comum que homens e mulheres infectados também apresentem outras DSTs, que podem causar danos irreversíveis ao sistema reprodutor. Neste caso, também é necessário um tratamento de reprodução assistida para engravidar.
Casais portadores do vírus HIV têm alternativa para ter filhos
Há alternativas para casais que querem ter filhos e são portadores do vírus HIV. A inseminação intrauterina ou a Fertilização In Vitro, após a preparação e avaliação do sêmen, são seguras. Para isso, a carga viral no sêmen do paciente é medida para avaliar a possibilidade de realizar algum dos tratamentos.
"Todas as pessoas que tiveram uma DST que afetou a fertilidade podem buscar métodos de reprodução assistida. As mulheres que apresentam infertilidade por fator tubo-peritoneal, com alterações anatômicas das trompas de Falópio, por exemplo, podem recorrer à Fertilização In Vitro, uma alternativa muito segura para engravidar", conclui a especialista.
Sobre o Grupo Huntington
Criada em 1995, a Huntington Medicina Reprodutiva é um dos maiores grupos do Brasil, com três unidades instaladas em São Paulo e uma nova unidade em Campinas. Sob a direção de Paulo Serafini e Eduardo Motta, renomados especialistas na área, o grupo é referência nacional e internacional em tratamentos para fertilidade. A Huntington possui corpo médico e técnico-científico altamente capacitado, que se destaca na prática clínica, cirúrgica e tecnológica. Os principais tratamentos utilizados atualmente são: Inseminação Artificial, Fertilização in Vitro, além de técnicas de reversão de vasectomia e de laqueadura, entre outras.
Visite www.huntington.com.br
Fonte:maxpressnet
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
CD4, CD8 contagem de linfócitos
Como o exame é usado?
Quando uma pessoa tem o diagnóstico de HIV, a contagem de CD4, a percentagem de CD4 e a relação CD4/CD8 são usadas para avaliar o progresso da doença. Os linfócitos CD4 são o principal alvo do HIV, e seu número diminui com a evolução da doença. Como os CD4 são destruídos com maior rapidez que outros tipos de linfócitos, e as contagens absolutas variam a cada dia, é útil determinar o número de CD4 comparado com o de outros tipos de linfócitos. Com frequência, a contagem de CD4 é comparada com a contagem total de linfócitos, e os resultados são expressos como uma percentagem. Ou a contagem de CD4 é comparada com a contagem de linfócitos CD8, e o resultado é expresso em uma relação.A contagem e a percentagem de linfócitos CD4, assim como a relação CD4/CD8, avaliam o estado do sistema imunológico e o risco de complicações e de infecções debilitantes. Esses exames são usados juntamente com a carga viral do HIV, que mede a quantidade de vírus no sangue, para avaliar o progresso e o prognóstico da doença e a eficácia do tratamento.Algumas vezes, esses exames são usados para diagnosticar ou monitorar outras situação clínicas, como linfomas, transplante de órgãos ou a síndrome de DiGeorge.
Quando o exame é pedido?
As contagens de linfócitos CD4 e CD8 são pedidas com uma carga viral do HIV quando é feito o diagnóstico de HIV, como parte de uma avaliação basal. Devem ser repetidas cerca de duas a oito semanas após o início ou após uma modificação do tratamento, e a cada três a quatro meses enquanto o tratamento for mantido.
O que significa o resultado do exame?
A contagem de linfócitos CD4 pode ser interpretada como um número absoluto, em relação à contagem de CD8 ou como uma percentagem do total de linfócitos. Em geral, os valores diminuem com o progresso da doença. Os resultados variam mesmo quando não há alteração do estado clínico do paciente. Deve ser considerada a tendência de variação de diversos resultados seguidos, e não um resultado isolado.Se a contagem de linfócitos CD4 diminuir durante vários meses, o médico pode iniciar ou alterar o tratamento com antirretrovirais ou iniciar o tratamento profilático de infecções oportunísticas, como pneumonia por Pneumocystis ou infecção por Mycobacterium avium. A contagem de CD4 deve se estabilizar ou aumentar com o tratamento eficaz.
De acordo com a orientação das autoridades de saúde pública, o tratamento preventivo deve ser iniciado quando a contagem de linfócitos CD4 estiver abaixo de 200/mm3. Alguns médicos preferem começar mais cedo, com uma contagem de 350/mm3. As autoridades consideram que pessoas com contagens abaixo de 200/mm3 têm AIDS, mesmo que não apresentem sinais ou sintomas da doença.
Há mais alguma coisa que eu devo saber?
A contagem de CD4 tende a ser mais baixa de manhã que à tarde. Doenças agudas, como pneumonia, gripe ou infecção por herpes simples podem causar diminuição temporária das contagens. Quimioterapia pode diminuir muito as contagens.
Depoimentos: A sentença de morte que transformou minha vida
A Vida com AIDS uma Estrada sinuosa A vida é, na maior parte das vezes, uma estrada sinuosa...
Portar HIV já significou ter hora marcada para morrer, mas essa agenda mudou… Para mim, a AIDS foi sentença de morte que transformou minha vida!
Não morri com hora marcada.
Muitas pessoas não acreditam que a morte tenha uma data, ao menos uma que seja conhecida. Mas se você foi infectado com o vírus da AIDS no início da epidemia, pensou diferentemente. Aos 61 anos, vivi metade da vida com AIDS, minha companheira constante e prima distante, inseparável identidade que não permito me definir, fato cotidiano e situação especial que mudou minha vida sob todos os aspectos.
Embora não houvesse na época testes para detectar a doença, creio que a contraí em 1982. Hoje é difícil imaginar a liberação sexual que tomou conta dos gays naquele tempo. Era o fim da opressão. Tínhamos liberdade e afirmávamos isso com sexo.
Mas, depois de um encontro com um famoso ator que ocultava sua homossexualidade, um enorme hematoma apareceu no meu braço. Em seguida, fui hospitalizado com um problema sanguíneo sem explicação aparente. Os médicos aturdidos pensaram muito sobre o caso, perguntaram se eu tinha bebido gim com tônica. Disse-lhes que era a bebida do meu pai. Sem tantos absurdos, o problema também vinha ocorrendo com gays em Nova York. O termo "praga gay" estava no ar, mas ninguém sabia o que era nem como a pessoa era infectada. A AIDS parecia muito aleatória, aniquilando estranhos e conhecidos; mas, você sempre se dizia que a doença estava distante. Então, de repente, ela já não estava mais distante de mim, absolutamente.
Deixei o hospital certo de que tinha contraído o vírus.
À medida que a epidemia se propagou na década de 80, todos os gays conviveram com a AIDS, infectados ou não. Há 30 anos, os centros de controle e prevenção de doenças reportavam os primeiros casos – um período aterrorizador e de desamparo. As informações médicas aumentavam. Aprendemos mais sobre o HIV e sua transmissão pelo ato sexual, mas tudo continuava nebuloso e restrito.
Nada que você soubesse ou fizesse importava. Não existiam tratamentos.
Um resfriado era uma ameaça de coisa pior, cada germe era um punhal apontado a seu sistema imunológico. Uma noite, um bom amigo saiu furioso da minha casa porque servi porco no jantar, pois todos sabiam que carne de porco poderia matá-lo se você estivesse com o vírus. Mesmo depois de os testes se tornarem possíveis, muitos preferiam não saber.
Quando o meu teste e o do meu parceiro deram positivo, não nos surpreendemos. Já sabíamos.
Sentia-me acossado pela morte. Sexo agora podia significar a morte, não a liberdade. Mais e mais amigos adoeciam. Muitos morreram. E muitas vezes as mortes eram horripilantes. Os âncoras da TV olhavam para você toda a noite e calmamente anunciavam a doença como "sempre fatal". Aqueles que tomavam precauções adoeciam e morriam. Os que não o faziam também adoeciam e morriam. Todo mundo estava morrendo. Minha morte era só uma questão de tempo, e provavelmente num tempo muito breve.
A vida continuou em meio a todas aquelas mortes. Eu tinha um ótimo trabalho no Congresso. Meus colegas eram gays infectados, incluindo meu chefe. Conversávamos muito sobre a doença, a portas fechadas no fim do dia.
Enquanto isso, o governo para o qual eu trabalhava nos ignorava. A sociedade tinha medo de nós. Havia rumores de quarentena e os julgamentos morais eram intermináveis. Tínhamos apenas uns aos outros.
Sozinhos, nos unimos para cuidar uns dos outros. Em algumas décadas, uma minoria desprezada saiu da opressão e partiu para a resistência, a libertação, a devastação e, finalmente, uma vida comunitária. E encontramos essa comunidade não em bares, mas em clínicas, hospitais e organizações que criamos para tratamento, informação e apoio; para juntos chorarmos e lembramos. Não era um trabalho feliz, mas era um trabalho necessário.
No final da década de 90, meu nome ainda não tinha sido evocado pela morte. Os remédios eram fornecidos por um sistema de saúde forçado a isso por ativistas furiosos. Eram medicamentos que apenas nos prometiam mais tempo para a descoberta de drogas mais eficientes, tempo para um pouco mais de vida. Meu médico disse que a única razão para não tomar o primeiro desses remédios, o AZT, era que eu teria de ingeri-lo todos os dias para sempre, o que, na época, não parecia um problema.
Assim, tomei-os todos, sofri seus efeitos colaterais e iniciei a fase de tentativas e erros para viver com AIDS. Um novo remédio podia retardar a destruição do sistema imunológico, mas afetava o fígado e acabava substituído por outro, que também colocava em risco alguma outra função.
E assim por diante.
Mas nada disso era promessa de um tempo de vida maior. Minha saúde diária e meus diagnósticos diziam que meu tempo estava acabando. Vi muitos amigos morrerem. Eu queria viver meus últimos dias de vida na minha amada São Francisco.
Em 1994, numa noite quente de julho, na Virgínia Ocidental, meu parceiro e eu nos sentamos sob a marquise do Hotel Greenbrier com meu irmão e minha cunhada, que estavam em lua de mel. E, antes mesmo de eu poder pedir, eles se ofereceram para cuidar de nós até a nossa morte. No ano seguinte, abandonei meu emprego e minha ambição; e comprei uma casa próxima à minha família, para facilitar a embaraçosa administração de nossa morte.
Então, tudo mudou. Os inibidores de protease tornaram-se acessíveis.
Nasceu o "coquetel". Você não podia derrotar a AIDS, mas podia lutar por um empate, talvez indefinidamente. Por 15 anos, a morte sempre esteve presente. Pensava nela diariamente. Ficava impressionado com as pessoas que conseguiam sair diariamente como se fossem imunes a ela. E agora eu precisava me ajustar a uma vida que acreditei já não ter a frente.
Foi uma das coisas mais difíceis e bem-vindas que me aconteceu.
Ainda nos meus 40 anos, tive que repensar tudo, já que ia viver. Meu projeto financeiro tornou-se inviável. Tinha de pensar em trabalhar. Minha relação com meu parceiro teria que passar por um exame porque, embora muita coisa nos unisse, ignorávamos as diferenças que se tornaram irrelevantes diante da sagrada obrigação de cuidar um do outro no leito de morte. Agora tínhamos que encarar essas diferenças. Ambos sobrevivemos, mas "nós", não.
Continuar vivo significou administrar a saúde em tempo integral. Os medicamentos ficaram insanamente complexos. E o abençoado coquetel apresentava efeitos colaterais malditos, incluindo doenças cardiovasculares.
Certa vez, brinquei que morrer de um ataque cardíaco aos 75 anos era a menor das minhas preocupações. Na época estava com 51 anos, tinha tido dois deles, e fui submetido a 4 angioplastias. A ingestão de remédios era terrível. Alguns comprimidos que tinham de ser tomados a cada 4, 6 ou 12 horas com o estômago vazio; outros eram ingeridos com alimento. Mais e mais. Cada pessoa com AIDS que eu conhecida trazia consigo um bip para lembrá-la dos próximos remédios que devia tomar no dia.
Essa minha dieta de medicamentos ficou tão contraditória que simplesmente se tornou impossível seguir o programa adequadamente. Os médicos apenas me receitavam mais e mais remédios. O dia não tinha o número de horas suficiente para tudo. Era impossível, em 24 horas, tomar toda aquela quantidade de medicamentos; que deviam ser ingeridos com o estômago vazio ou com o estômago cheio – e respeitando a frequência da dosagem recomendada. Eu precisaria ser dois para realizar tal façanha.
Então, a alternativa era escolher que medicamentos tomar, de acordo com cada dia. E, até hoje, ainda engulo cerca de 25 comprimidos diariamente.
Mas a morte não me inquietou mais. Eu estava vivo e essa minha companheira mortífera ficou menos insistente. A AIDS e eu convivemos há quase 30 anos. Minha relação com a doença é uma das mais duradouras, pois enriqueceu e arruinou minha vida. Ela me roubou amigos e entes queridos e, com eles, as lembranças do que tínhamos e o repositório da minha própria história. Encerrei uma carreira que adorava. Custou-me um casamento. Minha relação com o sistema de saúde nos EUA foi dispendiosa e exaustiva. Sei que esse é um pequeno preço a pagar pela vida.
O que ganhei foi precioso. Acima de tudo, a companhia constante da AIDS ensinou-me que vida significa viver, não enganar a morte. Combater a doença é necessário e lutar com a vida, inevitável. Hoje aceito suas consequências, sejam elas quais forem. Minha enfermidade não me tornou uma pessoa especial e minha sobrevivência não me tornou uma pessoa corajosa.
Naquele dia que sai do hospital sabendo que estava com AIDS, me foram dados grandes presentes: a convicção de que todos tentamos nos equilibrar no mais delicado dos fios; e a certeza de que a única maneira de viver é amando a vida.
Não morri com hora marcada. E tenho aprendido a viver a vida sem marcar hora.
Fonte: soropositivo
Portar HIV já significou ter hora marcada para morrer, mas essa agenda mudou… Para mim, a AIDS foi sentença de morte que transformou minha vida!
Não morri com hora marcada.
Muitas pessoas não acreditam que a morte tenha uma data, ao menos uma que seja conhecida. Mas se você foi infectado com o vírus da AIDS no início da epidemia, pensou diferentemente. Aos 61 anos, vivi metade da vida com AIDS, minha companheira constante e prima distante, inseparável identidade que não permito me definir, fato cotidiano e situação especial que mudou minha vida sob todos os aspectos.
Embora não houvesse na época testes para detectar a doença, creio que a contraí em 1982. Hoje é difícil imaginar a liberação sexual que tomou conta dos gays naquele tempo. Era o fim da opressão. Tínhamos liberdade e afirmávamos isso com sexo.
Mas, depois de um encontro com um famoso ator que ocultava sua homossexualidade, um enorme hematoma apareceu no meu braço. Em seguida, fui hospitalizado com um problema sanguíneo sem explicação aparente. Os médicos aturdidos pensaram muito sobre o caso, perguntaram se eu tinha bebido gim com tônica. Disse-lhes que era a bebida do meu pai. Sem tantos absurdos, o problema também vinha ocorrendo com gays em Nova York. O termo "praga gay" estava no ar, mas ninguém sabia o que era nem como a pessoa era infectada. A AIDS parecia muito aleatória, aniquilando estranhos e conhecidos; mas, você sempre se dizia que a doença estava distante. Então, de repente, ela já não estava mais distante de mim, absolutamente.
Deixei o hospital certo de que tinha contraído o vírus.
À medida que a epidemia se propagou na década de 80, todos os gays conviveram com a AIDS, infectados ou não. Há 30 anos, os centros de controle e prevenção de doenças reportavam os primeiros casos – um período aterrorizador e de desamparo. As informações médicas aumentavam. Aprendemos mais sobre o HIV e sua transmissão pelo ato sexual, mas tudo continuava nebuloso e restrito.
Nada que você soubesse ou fizesse importava. Não existiam tratamentos.
Um resfriado era uma ameaça de coisa pior, cada germe era um punhal apontado a seu sistema imunológico. Uma noite, um bom amigo saiu furioso da minha casa porque servi porco no jantar, pois todos sabiam que carne de porco poderia matá-lo se você estivesse com o vírus. Mesmo depois de os testes se tornarem possíveis, muitos preferiam não saber.
Quando o meu teste e o do meu parceiro deram positivo, não nos surpreendemos. Já sabíamos.
Sentia-me acossado pela morte. Sexo agora podia significar a morte, não a liberdade. Mais e mais amigos adoeciam. Muitos morreram. E muitas vezes as mortes eram horripilantes. Os âncoras da TV olhavam para você toda a noite e calmamente anunciavam a doença como "sempre fatal". Aqueles que tomavam precauções adoeciam e morriam. Os que não o faziam também adoeciam e morriam. Todo mundo estava morrendo. Minha morte era só uma questão de tempo, e provavelmente num tempo muito breve.
A vida continuou em meio a todas aquelas mortes. Eu tinha um ótimo trabalho no Congresso. Meus colegas eram gays infectados, incluindo meu chefe. Conversávamos muito sobre a doença, a portas fechadas no fim do dia.
Enquanto isso, o governo para o qual eu trabalhava nos ignorava. A sociedade tinha medo de nós. Havia rumores de quarentena e os julgamentos morais eram intermináveis. Tínhamos apenas uns aos outros.
Sozinhos, nos unimos para cuidar uns dos outros. Em algumas décadas, uma minoria desprezada saiu da opressão e partiu para a resistência, a libertação, a devastação e, finalmente, uma vida comunitária. E encontramos essa comunidade não em bares, mas em clínicas, hospitais e organizações que criamos para tratamento, informação e apoio; para juntos chorarmos e lembramos. Não era um trabalho feliz, mas era um trabalho necessário.
No final da década de 90, meu nome ainda não tinha sido evocado pela morte. Os remédios eram fornecidos por um sistema de saúde forçado a isso por ativistas furiosos. Eram medicamentos que apenas nos prometiam mais tempo para a descoberta de drogas mais eficientes, tempo para um pouco mais de vida. Meu médico disse que a única razão para não tomar o primeiro desses remédios, o AZT, era que eu teria de ingeri-lo todos os dias para sempre, o que, na época, não parecia um problema.
Assim, tomei-os todos, sofri seus efeitos colaterais e iniciei a fase de tentativas e erros para viver com AIDS. Um novo remédio podia retardar a destruição do sistema imunológico, mas afetava o fígado e acabava substituído por outro, que também colocava em risco alguma outra função.
E assim por diante.
Mas nada disso era promessa de um tempo de vida maior. Minha saúde diária e meus diagnósticos diziam que meu tempo estava acabando. Vi muitos amigos morrerem. Eu queria viver meus últimos dias de vida na minha amada São Francisco.
Em 1994, numa noite quente de julho, na Virgínia Ocidental, meu parceiro e eu nos sentamos sob a marquise do Hotel Greenbrier com meu irmão e minha cunhada, que estavam em lua de mel. E, antes mesmo de eu poder pedir, eles se ofereceram para cuidar de nós até a nossa morte. No ano seguinte, abandonei meu emprego e minha ambição; e comprei uma casa próxima à minha família, para facilitar a embaraçosa administração de nossa morte.
Então, tudo mudou. Os inibidores de protease tornaram-se acessíveis.
Nasceu o "coquetel". Você não podia derrotar a AIDS, mas podia lutar por um empate, talvez indefinidamente. Por 15 anos, a morte sempre esteve presente. Pensava nela diariamente. Ficava impressionado com as pessoas que conseguiam sair diariamente como se fossem imunes a ela. E agora eu precisava me ajustar a uma vida que acreditei já não ter a frente.
Foi uma das coisas mais difíceis e bem-vindas que me aconteceu.
Ainda nos meus 40 anos, tive que repensar tudo, já que ia viver. Meu projeto financeiro tornou-se inviável. Tinha de pensar em trabalhar. Minha relação com meu parceiro teria que passar por um exame porque, embora muita coisa nos unisse, ignorávamos as diferenças que se tornaram irrelevantes diante da sagrada obrigação de cuidar um do outro no leito de morte. Agora tínhamos que encarar essas diferenças. Ambos sobrevivemos, mas "nós", não.
Continuar vivo significou administrar a saúde em tempo integral. Os medicamentos ficaram insanamente complexos. E o abençoado coquetel apresentava efeitos colaterais malditos, incluindo doenças cardiovasculares.
Certa vez, brinquei que morrer de um ataque cardíaco aos 75 anos era a menor das minhas preocupações. Na época estava com 51 anos, tinha tido dois deles, e fui submetido a 4 angioplastias. A ingestão de remédios era terrível. Alguns comprimidos que tinham de ser tomados a cada 4, 6 ou 12 horas com o estômago vazio; outros eram ingeridos com alimento. Mais e mais. Cada pessoa com AIDS que eu conhecida trazia consigo um bip para lembrá-la dos próximos remédios que devia tomar no dia.
Essa minha dieta de medicamentos ficou tão contraditória que simplesmente se tornou impossível seguir o programa adequadamente. Os médicos apenas me receitavam mais e mais remédios. O dia não tinha o número de horas suficiente para tudo. Era impossível, em 24 horas, tomar toda aquela quantidade de medicamentos; que deviam ser ingeridos com o estômago vazio ou com o estômago cheio – e respeitando a frequência da dosagem recomendada. Eu precisaria ser dois para realizar tal façanha.
Então, a alternativa era escolher que medicamentos tomar, de acordo com cada dia. E, até hoje, ainda engulo cerca de 25 comprimidos diariamente.
Mas a morte não me inquietou mais. Eu estava vivo e essa minha companheira mortífera ficou menos insistente. A AIDS e eu convivemos há quase 30 anos. Minha relação com a doença é uma das mais duradouras, pois enriqueceu e arruinou minha vida. Ela me roubou amigos e entes queridos e, com eles, as lembranças do que tínhamos e o repositório da minha própria história. Encerrei uma carreira que adorava. Custou-me um casamento. Minha relação com o sistema de saúde nos EUA foi dispendiosa e exaustiva. Sei que esse é um pequeno preço a pagar pela vida.
O que ganhei foi precioso. Acima de tudo, a companhia constante da AIDS ensinou-me que vida significa viver, não enganar a morte. Combater a doença é necessário e lutar com a vida, inevitável. Hoje aceito suas consequências, sejam elas quais forem. Minha enfermidade não me tornou uma pessoa especial e minha sobrevivência não me tornou uma pessoa corajosa.
Naquele dia que sai do hospital sabendo que estava com AIDS, me foram dados grandes presentes: a convicção de que todos tentamos nos equilibrar no mais delicado dos fios; e a certeza de que a única maneira de viver é amando a vida.
Não morri com hora marcada. E tenho aprendido a viver a vida sem marcar hora.
Fonte: soropositivo
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
RJ recebe o medicamento 3x1
A quantidade é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses. Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 7,3 milhões de comprimidos
O Estado do Rio de Janeiro recebeu, esta semana, o estoque de 1,4 milhão de comprimidos do medicamento 3 em 1 para o tratamento de pacientes com HIV e aids, enviados pelo Ministério da Saúde na última semana. A previsão é de que a dose tripla combinada, composta pelos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg), comece a ser distribuída aos pacientes do estado esta semana. A combinação de medicamentos deverá beneficiar em todo o país 100 mil novos pacientes com HIV e aids. O Ministério da Saúde investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos para todo o país. O estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses.
De acordo com o novo boletim epidemiológico, atualmente cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids no país. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. No Rio de Janeiro foram registrados 103 mil casos nesse mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. No Estado do Rio de Janeiro essa taxa é de 27,6 a cada 100 mil habitantes.
O uso do medicamento 3 em 1 está previsto no Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids do Ministério da Saúde como tratamento inicial para os pacientes soropositivos. Atualmente, os medicamentos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consumidos, separadamente. Os Estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, que possuem as maiores taxas de detecção do vírus, recebem, desde novembro, a dose tripla combinada. Nesse período, cerca de 11 mil pacientes foram beneficiados nos dois estados.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a dose combinada representa um avanço importante na melhoria do acesso ao tratamento de aids no país. “A utilização de dose fixa combinada (3 em 1) irá permitir uma melhor adesão ao tratamento de pessoas que vivem com HIV e aids. Além de ser de fácil ingestão, o novo medicamento tem como grande vantagem a boa tolerância pelo paciente, já que significa a redução dos 3 medicamentos para apenas 1 comprimido ”, explicou o ministro.
INCORPORAÇÕES – Em 2014, o Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos para os pacientes com aids, como o ritonavir 100 mg, na apresentação termoestável, que permite que o medicamento seja mantido em temperatura de até 30°C. A incorporação representou um importante avanço uma vez que o medicamento distribuído anteriormente no SUS necessitava de armazenamento em câmara fria.
Em dezembro, o SUS passou a oferecer o medicamento tenofovir 300 mg composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido, o chamado 2 em 1. A nova formulação, produzida nacionalmente, é distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Ainda em dezembro, o Ministério da Saúde passou a garantir a todos os adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, o acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. A medida também integra o novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e aids.
Entre 2005 e 2013, o Ministério da Saúde mais do que dobrou o total de brasileiros com acesso ao tratamento, passando de 165 mil (2005) pra 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.
O Estado do Rio de Janeiro recebeu, esta semana, o estoque de 1,4 milhão de comprimidos do medicamento 3 em 1 para o tratamento de pacientes com HIV e aids, enviados pelo Ministério da Saúde na última semana. A previsão é de que a dose tripla combinada, composta pelos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg), comece a ser distribuída aos pacientes do estado esta semana. A combinação de medicamentos deverá beneficiar em todo o país 100 mil novos pacientes com HIV e aids. O Ministério da Saúde investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos para todo o país. O estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses.
De acordo com o novo boletim epidemiológico, atualmente cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids no país. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. No Rio de Janeiro foram registrados 103 mil casos nesse mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. No Estado do Rio de Janeiro essa taxa é de 27,6 a cada 100 mil habitantes.
O uso do medicamento 3 em 1 está previsto no Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids do Ministério da Saúde como tratamento inicial para os pacientes soropositivos. Atualmente, os medicamentos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consumidos, separadamente. Os Estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, que possuem as maiores taxas de detecção do vírus, recebem, desde novembro, a dose tripla combinada. Nesse período, cerca de 11 mil pacientes foram beneficiados nos dois estados.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a dose combinada representa um avanço importante na melhoria do acesso ao tratamento de aids no país. “A utilização de dose fixa combinada (3 em 1) irá permitir uma melhor adesão ao tratamento de pessoas que vivem com HIV e aids. Além de ser de fácil ingestão, o novo medicamento tem como grande vantagem a boa tolerância pelo paciente, já que significa a redução dos 3 medicamentos para apenas 1 comprimido ”, explicou o ministro.
INCORPORAÇÕES – Em 2014, o Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos para os pacientes com aids, como o ritonavir 100 mg, na apresentação termoestável, que permite que o medicamento seja mantido em temperatura de até 30°C. A incorporação representou um importante avanço uma vez que o medicamento distribuído anteriormente no SUS necessitava de armazenamento em câmara fria.
Em dezembro, o SUS passou a oferecer o medicamento tenofovir 300 mg composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido, o chamado 2 em 1. A nova formulação, produzida nacionalmente, é distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Ainda em dezembro, o Ministério da Saúde passou a garantir a todos os adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, o acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. A medida também integra o novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e aids.
Entre 2005 e 2013, o Ministério da Saúde mais do que dobrou o total de brasileiros com acesso ao tratamento, passando de 165 mil (2005) pra 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.
SP recebe a medicação 3x1
A quantidade é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses. Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 7,3 milhões de comprimidos
O Estado de São Paulo recebe, esta semana, o estoque de 2,3 milhões de comprimidos do medicamento 3 em 1 para o tratamento de pacientes com HIV e aids, enviados pelo Ministério da Saúde na última semana. A previsão é de que a dose tripla combinada, composta pelos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg), comece a ser distribuída aos pacientes do estado esta semana. A combinação de medicamentos deverá beneficiar em todo o país 100 mil novos pacientes com HIV e aids. O Ministério da Saúde investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos para todo o país. O estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos doze meses.
De acordo com o novo boletim epidemiológico, atualmente cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids no país. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. Em São Paulo foram registrados 242 mil casos nesse mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. No Estado de São Paulo essa taxa é de 18 a cada 100 mil habitantes.
O uso do medicamento 3 em 1 está previsto no Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids do Ministério da Saúde como tratamento inicial para os pacientes soropositivos. Atualmente, os medicamentos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consumidos, separadamente. Os Estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, que possuem as maiores taxas de detecção do vírus, recebem, desde novembro, a dose tripla combinada. Nesse período, cerca de 11 mil pacientes foram beneficiados nos dois estados.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a dose combinada representa um avanço importante na melhoria do acesso ao tratamento de aids no país. “A utilização de dose fixa combinada (3 em 1) irá permitir uma melhor adesão ao tratamento de pessoas que vivem com HIV e aids. Além de ser de fácil ingestão, o novo medicamento tem como grande vantagem a boa tolerância pelo paciente, já que significa a redução dos 3 medicamentos para apenas 1 comprimido ”, explicou o ministro.
INCORPORAÇÕES – Em 2014, o Ministério da Saúde incorporou novos medicamentos para os pacientes com aids, como o ritonavir 100 mg, na apresentação termoestável, que permite que o medicamento seja mantido em temperatura de até 30°C. A incorporação representou um importante avanço uma vez que o medicamento distribuído anteriormente no SUS necessitava de armazenamento em câmara fria.
Em dezembro, o SUS passou a oferecer o medicamento tenofovir 300 mg composto com a lamivudina 300mg em um único comprimido, o chamado 2 em 1. A nova formulação, produzida nacionalmente, é distribuída pela Farmanguinhos/Fiocruz. Ainda em dezembro, o Ministério da Saúde passou a garantir a todos os adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, o acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. A medida também integra o novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e aids.
Entre 2005 e 2013, o Ministério da Saúde mais do que dobrou o total de brasileiros com acesso ao tratamento, passando de 165 mil (2005) pra 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.
Agência Saúde
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