sábado, 20 de dezembro de 2014

Farmaceuticos aumentam a adesão ao tratamento do HIV

A presença de um farmacêutico clínico na equipe multiprofissional que trata pacientes diagnosticados com HIV/AIDS foi responsável por aumentar de 16% para 57% a adesão dessas pessoas ao tratamento, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
Outra resposta positiva a essa ação foi o aumento significativo dos linfócitos T CD4+ e consequentemente o percentual de pessoas com carga viral indetectável, de 21% para 52%. A função desse farmacêutico clínico foi especificamente de atender pacientes com problemas de adesão e aqueles que iniciaram a terapia antirretroviral, ou seja, aqueles com diagnóstico recente.
É o que revela a farmacêutica Lilian Pereira Primo, em trabalho desenvolvido para o Programa de Mestrado Profissional em Gestão de Organizações de Saúde, oferecido em parceria entre a FMRP e a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP.
O trabalho de acompanhamento dos pacientes com má adesão à Terapia Antirretroviral começou em 2012 e perdurou por doze meses com o intuito de avaliar o impacto da inserção do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI).
A farmacêutica afirma que o paciente sempre teve orientações quanto à doença e o tratamento. Entretanto, devido às inúmeras atividades dos profissionais envolvidos, eles não conseguiam se dedicar exclusivamente ao atendimento do paciente voltado para a adesão. Com o farmacêutico clínico, as orientações da equipe ao paciente continuam, mas com o diferencial da presença do farmacêutico clínico, que se dedica exclusivamente a orientar esse paciente. “Cada consulta individualizada, paciente e farmacêutico clínico, demora entre 20 minutos e 1 hora, dependendo da necessidade apresentada pelo paciente. Acreditamos que esta tenha sido a diferença quando avaliamos o impacto do atendimento do farmacêutico clínico na adesão”.

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